Deputado Aécio Neves diz que Portugal tem de ser "grande e definitivo parceiro" do Brasil

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa da Câmara de Deputados do Brasil defendeu, em entrevista à Lusa, que "acima de tudo" o seu país e Portugal devem ser grandes e definitivos parceiros.

Lusa /

"Eu sempre defendi, desde há muito tempo, (...) já dizia isso quando fui candidato à Presidência da República, que Portugal tem que ser um grande e definitivo parceiro do Brasil, junto à União Europeia em todos os sentidos, com benefícios, obviamente comuns, para ambos os países", afirmou Aécio Neves.

O deputado foi um dos responsáveis pela organização de um seminário internacional que decorreu em Lisboa, no final desta semana.

"Acho que nós poderíamos avançar na discussão até de um regime fiscal diferenciado para que os produtos brasileiros, as empresas brasileiras, a partir daqui possam-se relacionar comercialmente com outras regiões da Europa, com outros países da Europa", acrescentou.

Para o deputado, Portugal, "sem dúvida alguma" deveria ser "o mais estratégico" dos parceiros do Brasil, seja pelas questões históricas, culturais, mas "também, pragmaticamente, pelas questões económicas, pelas questões comerciais".

As declarações ocorrem num momento em que a Câmara dos Deputados e o Senado brasileiros procuram criar um relacionamento duradouro do país com os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Mas também quando o Mercosul, bloco comercial que o Brasil integra com Argentina, Uruguai e Paraguai, procura negociar com a União Europeia (UE) um acordo que aumentaria substancialmente as trocas comerciais do país com aquele bloco.

O acordo de livre comércio entre UE e o Mercosul foi concluído em junho de 2019, após 20 anos de negociações, e agora aguarda aprovação dos países-membros dos dois blocos.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

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