Desenvolvido simulador virtual para doentes com cancro
Uma empresa científica desenvolveu um simulador virtual de um doente com cancro para experimentar e adequar os tratamentos antes de os aplicar aos pacientes, noticia hoje a imprensa israelita.
Por outras palavras, a máquina, chamada "EVC" (Doente Virtual de Cancro) pode substituir o verdadeiro paciente ao manifestar os mesmos sintomas para que lhe sejam aplicados tratamento ou técnicas de medicina até que sejam encontradas as mais eficazes.
"Desenvolvemos um modelo de prognóstico matemático para testes em doentes virtuais para controlar o êxito do tratamento", disse ao diário israelita Haaretz a professora Tzvía Gur, ex-investigadora do Instituto de Ciências Weizman e actualmente directora da empresa Optimata.
Os 20 cientistas e técnicos da empresa construírem o EVC "nas fronteiras da biologia molecular, da biomatemática, das ciências de computação e da farmacologia clínica", indicou.
O EVC proporciona aos médicos de oncologia e aos laboratórios farmacêuticos "um modelo estatístico de provas e erros".
Este simulador destina-se a estudar novas técnicas medicinais e a optimizar os processos e, de acordo, com Tzvía Gur, vai permitir poupar centenas de milhões de dólares.
O desenvolvimento de um medicamento, desde a etapa da experimentação até à sua comercialização, pode exigir um dispêndio da ordem dos 800 milhões de dólares (cerca de 600 milhões de euros).
A empresa que desenvolveu o EVC criou um algoritmo - um procedimento de cálculo - que simula o processo patológico do tumor canceroso em crescimento, o que permitirá compreender a influência a longo prazo das drogas através de uma equação matemática.
Uma das vantagens do novo equipamento é o facto de indicar se é conveniente e qual é o melhor momento para um tratamento e para a preparação do composto mais apropriado.
Em vez de tratar os doentes com cancro e Sida com todo o tipo de medicamentos, o doente virtual permite ao médico concentrar-se no medicamento mais apropriado ao paciente.