Detido estudante que exigiu responsabilidade política após incêndio em Hong Kong

O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.

Lusa /
Foto: Tyrone Siu - Reuters

O jovem foi detido no sábado por agentes da Polícia de Segurança Nacional, que o levaram para interrogatório.

O promotor do coletivo "Tai Po Wang Fuk Court Fire Concern Group" lançou a petição `online` na sexta-feira, exigindo quatro medidas ao Governo: alojamento imediato de quem perdeu casa, criação de uma comissão de inquérito independente, revisão do sistema de supervisão da construção e responsabilização, incluindo dos altos funcionários.

Em menos de 24 horas, a petição ultrapassou as 10.000 assinaturas, tendo sido encerrada no sábado.

Pouco tempo depois, as contas nas redes sociais do grupo e todas as ligações à petição desapareceram.

O Gabinete para a Salvaguarda da Segurança Nacional em Hong Kong, do Governo central, denunciou anteriormente que "indivíduos antichineses e mal-intencionados" espalharam rumores e aproveitaram a tragédia para "satisfazer ambições políticas" e "provocar novamente o caos", um comportamento que descreveu como "contrário à humanidade" e que será objeto de "punição legal".

O incêndio, que deflagrou por volta das 15:00 de quarta-feira (07:00 em Lisboa e se propagou rapidamente através de materiais inflamáveis instalados durante obras de renovação, causou pelo menos 128 mortos e 150 desaparecidos.

Já levou a onze detenções por homicídio negligente e alegada corrupção.

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