Detido no Paraguai presumível líder de grupo criminoso brasileiro

A Polícia Nacional do Paraguai capturou o suposto líder do gangue criminoso Primeiro Comando Catarinense, uma organização considerada uma dissidência do Primeiro Comando da Capital (PCC) e acusada pelas autoridades de tráfico de drogas e armas no Brasil.

Lusa /
Polícia Nacional do Paraguai via X

O chefe do Departamento contra o Crime Organizado Nacional e Transnacional do Paraguai, comissário Luis López, afirmou, em declarações ao canal local C9N, que a detenção de domingo ocorreu na cidade de Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay (norte) e na fronteira com o Brasil.

O indivíduo, identificado pelas autoridades locais como Maykon de Souza, ou Maykon Gordo, foi transferido sob fortes medidas de segurança para a capital paraguaia, Assunção, enquanto são providenciados os documentos para a sua expulsão para o Brasil.

López indicou que Maykon de Souza é "um alvo de alto valor" e era procurado "afanosamente" pela Polícia do Brasil, onde enfrenta uma pena de até 40 anos de prisão após ser apontado como o suposto responsável pelos assassínios de membros das forças de segurança e por tráfico de droga.

O detido tinha consigo um documento de identidade brasileiro falso, com o qual conseguiu obter uma carteira de identidade paraguaia por meios irregulares, explicou o chefe da polícia.

Os meios de comunicação locais divulgaram vídeos de um tiroteio numa zona residencial durante a operação que permitiu a captura do brasileiro.

Nas imagens, é possível ver agentes da polícia a trocarem tiros com um homem antes dele a entrar numa camioneta e a tentar fugir, sem sucesso, porque as balas perfuraram um dos pneus do veículo.

Em declarações à C9N, Souza reconheceu ter residido no Paraguai com um documento brasileiro falso por ser "um foragido", mas negou ter ligações com grupos criminosos ou ser responsável por assassínios.

"Não tenho ligações com ninguém, eu vivia normalmente aqui", disse, garantindo ter família e filhos no Paraguai, onde alegou residir há 11 anos.

López indicou que Maykon Gordo se estabeleceu em território paraguaio após fugir de uma prisão brasileira.

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