Em direto
Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

Dez mortos em operação policial nas favelas do Rio de Janeiro

por Mário Aleixo - RTP
O forte contingente policial assustou os moradores nop Complexo do Alemão Facebook

Dez pessoas, incluindo um líder do tráfico de droga, morreram numa operação policial num dos maiores conjuntos de favelas do estado brasileiro do Rio de Janeiro, segundo o último balanço policial.

A operação foi levada a cabo pelas polícias civil e militar no Complexo do Alemão, e liderada por uma unidade de elite denominada Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

O delegado da Polícia Civil Marcus Amim informou que entre os mortos está o chefe do tráfico do Morro Pavão-Pavãozinho, localizado na Zona Sul da cidade, e um dos seus seguranças.

A identidade do homem não foi divulgada, mas as autoridades policiais afirmaram que escapou da prisão em 2016 e era considerado um dos principais traficantes de drogas nas favelas de Cantagalo-Pavão-Pavãozinho.

Na operação que decorreu na zona norte do Rio de Janeiro foram ainda apreendidas oito espingardas, subindo para 139 o número desse tipo de armamento apreendido pelas autoridades este ano, segundo informou a Polícia Militar na rede social Twitter.

Vários moradores daquele complexo de favelas usaram as redes sociais para relatar a situação de pânico que viveram durante a operação, levada a cabo pelas polícias civil e militar.

Os cidadãos criticaram o facto de serem realizadas operações num momento de pandemia do novo coronavírus, em que os moradores permanecem mais tempo nas favelas, ficando mais vulneráveis aos confrontos entre polícia e gangues.

"Em meio à pandemia global, uma chacina no Complexo do Alemão, após a operação do Batalhão de Operacões Especiais. Evitar aglomeracão? Isolamento social completo? É impossível nessa realidade, infelizmente. O choro de uma mãe acaba com meu coracão", escreveu na rede social Twitter Raull Santiago, ativista e morador do Complexo do Alemão, partilhando um vídeo onde é possível ver corpos no chão.

Já o jornal Voz da Comunidades falou em "cenário de guerra" para relatar a situação vivida pelos moradores da região.

C/ Lusa
pub