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Dezenas de mortos em bombardeamentos. Hospitais em Gaza na mira de Israel

por Inês Moreira Santos - RTP
Hatem Khaled - Reuters

Em apenas um dia Israel atingiu dois hospitais em Gaza, alegando serem redutos do Hamas. De acordo com a Defesa Civil Palestiniana, morreram pelo menos 79 pessoas na madrugada desta quinta-feira, a maiorias em Khan Younis.

Os hospitais em Gaza que ainda se mantêm em funcionamento têm sido os principais alvos das forças israelitas e, segundo fontes médicas citadas pela BBC, atacam “sem nenhum aviso”. Na terça-feira, morrerem pelo menos 28 pessoas no Hospital Europeu, na cidade de Khan Younis.

Outras fontes hospitalares relataram novos ataques esta madrugada, que vitimaram 79 pessoas. Só em Khan Younis, que voltou a ser atingida, registaram-se 53 mortos, mas o número ainda é provisório.Autoridades palestinianas adiantam que num outro ataque a zonas residenciais em Jabalia, no norte de Gaza, vitimou dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças.

Ao fim do dia de quarta-feira, o exército israelita emitiu novas ordens de evacuação para vários locais da Cidade de Gaza, forçando milhares de palestinianos a deixarem os abrigos.

As áreas ameaçadas pelos alertas de evacuação incluíam várias escolas e o maior Hospital Shifa, de acordo com um mapa publicado pelo exército de Israel. De acordo com a imprensa local, logo após as ordens de evacuação, iniciaram os ataques aéreos contra alvos dentro da Cidade de Gaza.

"Algumas vítimas ainda estão na estrada e debaixo dos escombros, onde as equipas de resgate e emergência civil não conseguem alcançá-las", afirmou um comunicado do Ministério palestiniano da Saúde.
Um repórter de imagem da agência norte-americana Associated Press, que está na cidade palestiniana, contou dez ataques aéreos contra Khan Younis, durante a última noite, e viu vários corpos serem levados para a morgue do Hospital Nasser.

Foi a segunda noite consecutiva de bombardeamentos de grande intensidade. Ataques que acontecem no momento em que Donald Trump visita o Médio Oriente, indo a Estados do Golfo, mas não a Israel.

Os Estados Unidos apresentaram um plano para repor o fornecimento de ajuda humanitária em Gaza, através de meios privados. Israel, que impôs um bloqueio total ao fornecimento de ajuda ao território aprovou o plano, mas foi rejeitado pelas Nações Unidas e agências internacionais de ajuda humanitária.
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