Dezenas de muros e de barreiras dividem povos e culturas

por Graça Andrade Ramos, Sara Piteira - RTP
Barreira que divide EUA e o México Reuters

A lista dos muros ou barreiras físicas que subsistem entre povos e que começaram entretanto a construir-se é extensa. O mais recente vai nascer na fronteira da Tunísia com a Líbia.

Ao longo da História, muitas muralhas se ergueram na defesa de cidades e de regiões. Tróia, Jerusalém ou Babilónia, são alguns dos exemplos mais conhecidos de cidades muradas no Mundo Antigo.

A muralha de Ston, na europeia Croácia, erguida no séc XV para defender Dubrovnik, o muro da Grande Zimbabué em África ou Sacsayhuaman, no sul-americano Perú, são outros tantos exemplos da tendência humana para se defender erguendo muros físicos.

Quando surgiram, os impérios aumentaram também a escala das muralhas. A primeira grande barreira do género que ficou para a História foi a Grande Muralha da China, que impedia os mongóis de invadir as terras a sul dos seus territórios. A Muralha de Adriano, na Grã-Bretanha, defendeu o Império Romano das tribos guerreiras dos Pictos.

Na História recente, o Muro de Berlim manteve meia cidade isolada como uma ilha, um bastião entre inimigos e símbolo de uma Guerra subterrânea que se servia fria na Europa e a quente noutros pontos do globo.




Quando este Muro ruiu, abatido pelos próprios berlinenses, muitos acreditaram que a época dos muros e das fonteiras – abolidas na União Europeia pouco tempo depois – estava a chegar ao fim. Outras regiões do globo imitavam o exemplo europeu e associavam-se economicamente, no que parecia o início de uma época dourada à escala global.

Tal esperança revelou-se vã. Nos últimos anos os muros recomeçaram a multiplicar-se e a velocidade a que crescem parece estar a acelerar. A lista dos muros ou barreiras físicas que subsistem entre povos e que começaram entretanto a construir-se mantém-se extensa.
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