Apesar de a Suécia ser dos países mais avançados no domínio da igualdade entre os sexos, as feministas denunciam a desigualdade salarial entre homens e mulheres no sector privado e a violência contra as mulheres, que aparentemente tem vindo a aumentar.

De acordo com uma sondagem publicada no domingo pelo jornal Aftonbladet, 23 por cento do eleitorado (27 por cento das eleitoras) está disposto a votar num partido feminista.

Caso esta ideia de partido se concretize, poderia conquistar votos a todas as outras formações políticas, em particular ao partido social-democrata do primeiro-ministro sueco, Goeran Persson.

Os social-democratas devem anunciar, também a 8 de Março, as suas novas propostas para as mulheres, através da secretária do partido, Marita Ulvskog.

A figura central da ofensiva feminista é uma deputada de 57 anos, Gudrun Schyman, antiga dirigente do Partido da Esquerda (ex-comunistas), que abandonou esta formação no final de 2004 por acreditar que a causa das mulheres estaria mais bem defendida de forma autónoma.

Já por ocasião das legislativas de 1994, as feministas suecas tinham ameaçado apresentar uma lista autónoma e, apesar de não terem concretizado a ideia, conquistaram um aumento sensível da paridade no Parlamento.