Mundo
Dmitry Medvedev estende a mão a Barack Obama a partir dos Urais
O Presidente russo espera que o novo mandato da Casa Branca represente a oportunidade para uma nova era nas relações entre Moscovo e Washington. Numa mudança de discurso, Dmitry Medvedev deposita na futura administração Obama o ónus de lançar um olhar renovado sobre os assuntos da agenda internacional.
"Na nova conjuntura, boas oportunidades começam a surgir. Espero que a nova administração e o novo Presidente dos Estados Unidos olhem para muitas coisas a partir de um novo ponto de vista", declarou Medvedev num contacto com jornalistas em Izhevsk, nos Urais russos.
Esta mensagem lançada à liderança a Barack Obama, que toma posse como Presidente dos Estados Unidos a 20 de Janeiro, é a primeira insinuação de boa vontade por parte de Moscovo, depois dos momentos conturbados que escureceram as relações entre as duas potências durante a ultima metade do ano: primeiro, com o Kremlin a acusar a Administração Bush de alavancar a tentativa do Governo georgiano de retomar a região separatista pró-russa da Ossétia do Sul, o que desencadearia uma firme resposta militar russa; depois, a ameaça de Moscovo de instalar uma barreira de mísseis Iskander próximo da Polónia em resposta aos planos norte-americanos de construir um sistema anti-míssil nos países outrora satélites soviéticos e agora os parceiros mais orientais da NATO.
O clima de tensão entre Moscovo e Washington acabaria por ser determinante na forma como a liderança russa recebeu as notícias da vitória de Barack Obama.
Da boca do Presidente russo não se ouviu qualquer felicitação ao futuro 44.º Presidente norte-americano, antes o redobrar de recados ao gigante do Ocidente.
O ponto de viragem fica marcado no calendário político: a 15 de Novembro, sábado passado, Dmitry Medvedev deslocava-se à capital norte-americana para a reunião do G20, que tinha em cima da mesa a crise financeira mundial, tecendo os primeiros comentários positivos acerca do democrata.
Hoje, não escondendo que "existem problemas com a actual administração", sublinha que neste novo quadro a Rússia está "empenhada na cooperação".
"Muito no Mundo depende do nosso relacionamento. E tenho a certeza de que é possível introduzir mudanças positivas nas nossas relações", acrescentou o Presidente russo.
Medvedev dá garantias sobre acordo com G20
O Presidente russo disse ainda que Moscovo está empenhada em cumprir os compromissos assumidos aquando da reunião do passado fim-de-semana em Washington, garantindo em concreto que não cairá na tentação de introduzir medidas proteccionistas na sua economia.
Depois de terem sido levantadas dúvidas quanto à vontade russa de defender o mercado livre, as garantias foram hoje reforçadas pelo próprio líder russo.
"Espero do Governo russo todas as medidas necessárias para levar a cabo essas obrigações", declarou Medvedev, numa resposta à principal exigência feita pelos líderes do G20 numa cimeira destinada a definir medidas globais para fazer face à crise financeira: evitar a todo o custo medidas proteccionistas.
Entretanto, e apesar de se ver a braços com buracos financeiros desastrosos para a economia do país, a liderança russa assegura que Moscovo "fez escolhas há muito tempo no sentido de concretizar uma integração plena na economia global e não há alternativa".
Esta mensagem lançada à liderança a Barack Obama, que toma posse como Presidente dos Estados Unidos a 20 de Janeiro, é a primeira insinuação de boa vontade por parte de Moscovo, depois dos momentos conturbados que escureceram as relações entre as duas potências durante a ultima metade do ano: primeiro, com o Kremlin a acusar a Administração Bush de alavancar a tentativa do Governo georgiano de retomar a região separatista pró-russa da Ossétia do Sul, o que desencadearia uma firme resposta militar russa; depois, a ameaça de Moscovo de instalar uma barreira de mísseis Iskander próximo da Polónia em resposta aos planos norte-americanos de construir um sistema anti-míssil nos países outrora satélites soviéticos e agora os parceiros mais orientais da NATO.
O clima de tensão entre Moscovo e Washington acabaria por ser determinante na forma como a liderança russa recebeu as notícias da vitória de Barack Obama.
Da boca do Presidente russo não se ouviu qualquer felicitação ao futuro 44.º Presidente norte-americano, antes o redobrar de recados ao gigante do Ocidente.
O ponto de viragem fica marcado no calendário político: a 15 de Novembro, sábado passado, Dmitry Medvedev deslocava-se à capital norte-americana para a reunião do G20, que tinha em cima da mesa a crise financeira mundial, tecendo os primeiros comentários positivos acerca do democrata.
Hoje, não escondendo que "existem problemas com a actual administração", sublinha que neste novo quadro a Rússia está "empenhada na cooperação".
"Muito no Mundo depende do nosso relacionamento. E tenho a certeza de que é possível introduzir mudanças positivas nas nossas relações", acrescentou o Presidente russo.
Medvedev dá garantias sobre acordo com G20
O Presidente russo disse ainda que Moscovo está empenhada em cumprir os compromissos assumidos aquando da reunião do passado fim-de-semana em Washington, garantindo em concreto que não cairá na tentação de introduzir medidas proteccionistas na sua economia.
Depois de terem sido levantadas dúvidas quanto à vontade russa de defender o mercado livre, as garantias foram hoje reforçadas pelo próprio líder russo.
"Espero do Governo russo todas as medidas necessárias para levar a cabo essas obrigações", declarou Medvedev, numa resposta à principal exigência feita pelos líderes do G20 numa cimeira destinada a definir medidas globais para fazer face à crise financeira: evitar a todo o custo medidas proteccionistas.
Entretanto, e apesar de se ver a braços com buracos financeiros desastrosos para a economia do país, a liderança russa assegura que Moscovo "fez escolhas há muito tempo no sentido de concretizar uma integração plena na economia global e não há alternativa".