Dois mortos em protestos contra aumentos nos transportes da Venezuela

Duas pessoas morreram e outras 12 ficaram ontem feridas em Táchira, a cerca de 800 quilómetros de Caracas, na Venezuela. Em causa estão os protestos de estudantes contra o aumento do preço dos transportes públicos naquele país da América Latina. Uma medida que faz parte dos planos de Nicolás Maduro para combater a crise económica.

Sandra Salvado - RTP /
Carlos Eduardo Ramirez - Reuters

De acordo com diferentes órgãos de comunicação social, os manifestantes terão sequestrado um autocarro de passageiros, que depois lançaram contra um cordão policial, provocando a morte, por atropelamento, de dois agentes da polícia e causado ainda 12 feridos, quatro deles em estado grave.


O preço dos transportes públicos aumentou em várias localidades venezuelanas, entre elas San Cristóbal, capital do Estado de Táchira, onde se registaram vários protestos que congestionaram as principais artérias da cidade.

As manifestações congestionaram ainda a zona de La Concórdia, onde tradicionalmente se verifica uma grante afluência de pessoas devido à atividade comercial e indústria locais.


De salientar que o aumento dos preços dos transportes é exigido pelos transportadores. Queixam-se do alto preço e de dificuldades para conseguir fazer a manutenção das viaturas e comprar peças de reposição.

No passado dia 17 de março, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento dos preços dos combustíveis, passando de 0,07 bolívares para 1,00 bolívar por litro (de 0,01 euros para 0,14 euros) e o litro de gasolina normal e a gasolina de 95 octanas de 0,097 bolívares para 6,00 bolívares por litro (de 0,013 euros para 0,85 euros o litro).


O aumento dos preços dos combustíveis integra um vasto pacote de medidas governamentais para combater a crise económica no país.

c/ Lusa
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