Trump põe em causa a saúde cognitiva de Biden

O Presidente dos Estados Unidos questionou as capacidades cognitivas do candidato à nomeação presidencial democrata Joe Biden na noite de quinta-feira, durante um evento na cidade natal do ex-vice-presidente. Donald Trump afirmou que “está a acontecer alguma coisa” com o candidato desde a Super Terça-feira.

RTP /
"Na terça-feira, [Biden] pensou que fosse quinta-feira" Leah Millis - Reuters

“Na terça-feira, [Biden] pensou que fosse quinta-feira, mas ele também disse que 150 milhões de pessoas foram mortas com armas e que estava a concorrer ao Senado dos Estados Unidos. Alguma coisa está a acontecer”, disse Trump.

Este foi o primeiro evento público de Trump desde o desempenho de Biden na Super Terça-feira, quando ganhou dez dos 14 Estados envolvidos na corrida. O Presidente afirmou estar “pronto” para enfrentar o rival de Biden, Bernie Sanders, a quem chamou de “comunista”.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos é conhecido pelo seu histórico de gaffes e, a espaços, por alguma impreparação nos debates. Esta eleição em particular tem-se focado em dois homens na casa dos 70 anos que têm vindo a atacar o suposto declínio cognitivo mútuo.

Biden não respondeu de imediato a Trump, que se encontrava a discursar no Scranton Cultural Center, situado na mesma rua em que o candidato democrata cresceu.

Por outro lado, o Presidente dos Estados Unidos ignorou todas as perguntas sobre como lidar com a epidemia do coronavírus. Referiu apenas que a economia poderia vir a ser beneficiada, uma vez que os norte-americanos podem optar por não viajar para fora do país.
A carta dos psiquiatras

Em dezembro de 2019, 350 psiquiatras e outros profissionais de saúde mental enviaram uma carta ao Congresso dos EUA que alertava que a saúde mental de Trump estava a deteriorar-se. O funcionário anónimo do Governo que escreveu um artigo no New York Times insinuando a mesma tese escreveu o livro A Warning, alegando que as pessoas do Governo Trump estavam preocupadas com ele.

“As pessoas normais que passam algum tempo com Donald Trump ficam desconfortáveis com o que testemunham. Ele tropeça, insulta, fica confuso, é facilmente irritado e tem problemas para sintetizar informações, não ocasionalmente, mas com regularidade”, escreveu o autor anónimo.

Trump venceu na Pensilvânia em 2016 com 48,2 por cento, contra os 47,5 por cento de Hillary Clinton. O Presidente realizou sete comícios neste Estado desde que foi eleito, incluindo dois no ano passado. Apesar disso, a nomeação de Biden pode fornecer um complemento às hipóteses dos democratas na Pensilvânia.

A saída da corrida democrata na última semana de Mike Bloomberg, Pete Buttigieg e Amy Klobuchar deixou o nativo de Scranton bem posicionado na corrida para enfrentar Trump.
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