Durão Barroso presta tributo à "competente liderança" portuguesa
Bruxelas, 18 Dez (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia prestou hoje tributo à presidência portuguesa e ao primeiro-ministro José Sócrates pela "competente liderança" do bloco europeu no segundo semestre de 2007.
José Manuel Durão Barroso discursava numa sessão plenária extraordinária do Parlamento Europeu, na qual Sócrates apresentou os resultados da presidência portuguesa da UE.
"2007 mostrou que a Europa está à altura dos seus compromissos", sublinhou Durão Barroso, estendendo também à anterior presidência alemã da UE os esforços desenvolvidos que permitiram acabar o ano com a assinatura, na capital portuguesa, do Tratado de Lisboa que marcou o fim de uma longa crise institucional.
O presidente do executivo comunitário considerou que este "sucesso político tem agora de ser concretizado" em 2008 com a ratificação do Tratado de Lisboa por todos os Estados-membros.
Durão Barroso congratulou-se pela ratificação, segunda-feira, do Tratado pela Hungria, o primeiro Estado membro a fazê-lo e cujo exemplo espera agora que seja seguido por todos.
O presidente da Comissão Europeia afirmou que concordava com a apreciação feita poucos minutos antes pelo primeiro-ministro português sobre o balanço dos seis meses da liderança portuguesa, principalmente a assinatura do Tratado de Lisboa, novo relacionamento com o Brasil e a cimeira com África.
Durão Barroso acrescentou à longa lista de sucessos enunciados por Sócrates outros que considerou "também importantes": a decisão de criação do Instituto Europeu de Tecnologia e o lançamento de uma Política Marítima Europeia.
Num discurso em que salientou os desafios que a Europa tem pela frente, o presidente da Comissão Europeia referiu a necessidade de os 27 ajudarem a encontrar uma solução para resolver a questão do Kosovo.
"Isto é um teste para a Europa onde não podemos falhar", sublinhou.
No discurso inicial da sessão plenária, o primeiro-ministro José Sócrates tinha afirmado que a Europa está agora melhor, "perante si própria e também perante o Mundo", regozijando-se pelo contributo dado pela presidência portuguesa para esse fortalecimento da União Europeia.
Na sua última intervenção perante o Parlamento Europeu enquanto presidente do Conselho da UE, para um balanço do semestre, Sócrates deu conta do seu "sentimento de dever cumprido", chegando mesmo a lamentar falta de tempo para expor em detalhe "tudo o que foi feito" desde Julho.
"Ao longo destes seis meses, fomos capazes de ultrapassar bloqueios, impasses e também preconceitos que permitem afirmar hoje, no final da presidência portuguesa, que a Europa ficou mais forte internamente mas também na sua política externa", afirmou.
Além de Sócrates, foram diversos os ministros do seu executivo que estiveram hoje no Parlamento Europeu em Bruxelas para fazer o balanço da presidência nas respectivas áreas, designadamente Luís Amado (Negócios Estrangeiros), Alberto Costa (Justiça), Mário Lino (Obras Públicas, Transportes e Comunicações), Mariano Gago (Ciência Tecnologia e Ensino Superior), Pedro Silva Pereira (Presidência) e Fernando Teixeira dos Santos (Finanças).
FPB/ACC.