"É evidente que falta a eleição presidencial" - José Eduardo dos Santos
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Lisboa, 10 Mar (Lusa) - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, defendeu hoje a sua "legitimidade" como chefe do executivo, reconhecendo a necessidade de realizar eleições presidenciais, mas sem se comprometer com datas.
José Eduardo dos Santos afirmou que a marcação das eleições presidenciais depende da revisão da Constituição angolana, que espera ver concluída ainda este ano.
"Se tudo correr normalmente, estamos em crer que dentro deste ano será aprovada a Constituição. Em função da modalidade escolhida - eleição por sufrágio directo ou indirecto, através do parlamento -, definiremos o calendário eleitoral para as eleições presidenciais", disse o Chefe de Estado angolano.
"Não sinto falta de legimitidade", afirmou José Eduardo dos Santos, questionado numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente Cavaco Silva, em Lisboa, sobre o desconhecimento da data das eleições presidenciais.
O Presidente angolano lembrou que o seu nome foi "o primeiro da lista do MPLA apresentada às últimas legislativas" de 05 de Setembro de 2008, ganhas pelo partido de que é líder com mais de 81 por cento dos votos.
"Enquanto chefe de executivo, pelo menos, sinto-me perfeitamente à vontade e com legitimidade para aplicar o programa que foi escolhido pelos angolanos. É evidente que falta a eleição presidencial", afirmou.
José Eduardo dos Santos referiu que o próximo plebiscito não será feito na base da actual constituição, mas com base num novo texto que está a ser definido por uma comissão parlamentar, e que será depois submetido a consulta pública, antes da aprovação.
"A eleição presidencial dependerá do modelo que a constituição estabelecer para esse efeito", afirmou.
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