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Edifícios a arder e Ministérios pilhados em protesto contra Temer

por Carlos Santos Neves - RTP
Ueslei Marcelino - EPA A manifestação inicial terá reunido pelo menos 150 mil pessoas, segundo as organizações promotoras

Uma nova ação de protesto em Brasília contra o Presidente Michel Temer culminou esta quarta-feira com manifestantes a incendiar e a pilhar edifícios do poder executivo. O Governo Federal ordenou mesmo a evacuação de todas os gabinetes da Esplanada dos Ministérios.

A ação de protesto contra Temer teve início sem incidentes. Contudo, depressa degenerou em violência.Há notícia de danos nos ministérios das Minas e Energia, dos Transportes, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Cultura e do Planeamento.

Os acontecimentos precipitaram-se cerca das 13h30 locais (15h30 em Lisboa), quando os manifestantes procuraram acercar-se do Congresso.

Imagens publicadas pela edição online do jornal O Globo mostram a fuga de parte dos manifestantes a granadas de gás lacrimogéneo lançadas pela polícia.

A manifestação inicial terá reunido pelo menos 150 mil pessoas, segundo as organizações promotoras: as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, União Geral dos Trabalhadores e Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Tropas despachadas para ministérios
O objetivo seria protestar contra reformas liberais promovidas pelo Governo de Temer. Mas o alcance das reivindicações expandiu-se para a exigência de destituição de Michel Temer, envolvido num processo judicial por corrupção, e a realização de eleições diretas.

O Presidente brasileiro decretou entretanto a denominada “ação de garantia da lei e da ordem” na Esplanada dos Ministérios, destacando tropas federais para o reforço do dispositivo de segurança.

“Ele não permitirá que atos como este venham turvar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito pelas instituições”, sublinhou o ministro brasileiro da Defesa, Raul Jungmann.

Em direto para o 360, da RTP3, o correspondente da estação pública no Brasil descreveu esta noite uma relativa acalmia em Brasília, mas sublinhou que a "temperatura política não baixa" no país.


"As coisas entretanto acalmaram, as pessoas acabaram por dispersar e a situação na capital brasileira ficou bem mais calma", contou o jornalista Luís Baila.

"Dentro do Congresso houve também muito bate boca, como se diz aqui no Brasil, entre vários deputados da oposição e outros deputados que apoiam o Governo. Portanto, a temperatura política continua elevada e isso tem reflexos terríveis na economia brasileira", acrescentou.

c/ Lusa

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