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Édouard Louis ataca Macron em novo livro
O escritor de 25 anos acusa vários presidentes franceses no seu novo livro "Qui a tué mon père" ("Quem matou o meu pai"). Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy, François Hollande e Emmanuel Macron são alguns dos nomes apontados.
Ao longo de 90 páginas, o jovem escritor simula um diálogo com o seu pai, vítima de um acidente de trabalho em 2000. Ao mesmo tempo, Louis explica como os cortes orçamentais e os vários governos franceses prejudicaram a sua família, de raízes humildes, particularmente pessoas como o seu pai.
A crítica não impede, no entanto, que o livro circule pelo Palácio do Eliseu, residência oficial de Macron, atual presidente da República. Segundo o diário francês L’Opinion, os conselheiros de Macron lêem a obra com interesse e já a recomendaram ao próprio presidente.
"O livro pretende ser uma acusação, mas o seu diagnóstico é feito de uma forma muito "macroniana", afirmou Bruno Roger-Petit, conselheiro de comunicação do Presidente, ao L’Opinion.
Depois destas declarações, Louis dirigiu-se ao próprio Macron através de um tweet.
Neste tweet pode ler-se: "O meu livro insurge-se contra o que você representa e faz. Pode abster-se de me tentar utilizar para esconder a violência que pratica. Escrevo para o envergonhar. Escrevo para dar armas àqueles que lutam contra si."
Louis nasceu em 1992 no seio de uma família pobre. Licenciado em Sociologia pela Escola Normal Superior de Paris, o jovem escritor é conhecido pelas suas ideias de esquerda.
Já publicou quatro livros, entre os quais: "L'insoumission en héritage" ("A insubmissão por herança"); "En finir avec Eddy Bellegueule" ("Para acabar com Eddy Bellegueule"); "Foucault contre lui-même" ("Focault contra si próprio") e "Histoire de la violence" ("História da violência").
A crítica não impede, no entanto, que o livro circule pelo Palácio do Eliseu, residência oficial de Macron, atual presidente da República. Segundo o diário francês L’Opinion, os conselheiros de Macron lêem a obra com interesse e já a recomendaram ao próprio presidente.
"O livro pretende ser uma acusação, mas o seu diagnóstico é feito de uma forma muito "macroniana", afirmou Bruno Roger-Petit, conselheiro de comunicação do Presidente, ao L’Opinion.
Depois destas declarações, Louis dirigiu-se ao próprio Macron através de um tweet.
.@EmmanuelMacron, mon livre s'insurge contre ce que vous êtes et ce que vous faites. Abstenez-vous d’essayer de m’utiliser pour masquer la violence que vous incarnez et exercez. J’écris pour vous faire honte. J’écris pour donner des armes à celles et ceux qui vous combattent. https://t.co/MBppnH6PFv
— Edouard Louis (@edouard_louis) 6 de junho de 2018
Neste tweet pode ler-se: "O meu livro insurge-se contra o que você representa e faz. Pode abster-se de me tentar utilizar para esconder a violência que pratica. Escrevo para o envergonhar. Escrevo para dar armas àqueles que lutam contra si."
Louis nasceu em 1992 no seio de uma família pobre. Licenciado em Sociologia pela Escola Normal Superior de Paris, o jovem escritor é conhecido pelas suas ideias de esquerda.
Já publicou quatro livros, entre os quais: "L'insoumission en héritage" ("A insubmissão por herança"); "En finir avec Eddy Bellegueule" ("Para acabar com Eddy Bellegueule"); "Foucault contre lui-même" ("Focault contra si próprio") e "Histoire de la violence" ("História da violência").