A Alemanha e França reafirmaram esta quinta-feira o “compromisso comum” para o sucesso do Acordo de Paris. Berlim e Paris prometeram defender o acordo para o clima e deixaram avisos a Washington. Numa conversa telefónica com Donald Trump, Emmanuel Macron deixou claro que “nada é negociável” no compromisso de Paris.
Para além da conversa telefónica com Trump, Macron dirigiu-se aos franceses. Numa declaração no Eliseu, o Presidente francês afirmou ainda que Donald Trump cometeu “um erro para o futuro do planeta” e convidou os cientistas e empreendedores norte-americanos a lutarem contra o aquecimento global em França.
Statement on the US' withdrawal from the Paris climate agreements. #parisagreementhttps://t.co/T4XOjWZW0Q
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 1 de junho de 2017
Na noite em que Donald Trump anunciou a saída do Acordo de Paris, Emmanuel Macron conversou ainda com Angela Merkel. Paris e Berlim reafirmaram o “compromisso comum” para o sucesso do Acordo de Paris. O eixo franco-alemão promete defender o acordo junto dos parceiros internacionais.
A reação franco-alemã fez-se ainda numa declaração conjunta com Itália. Os três países lamentaram a decisão de Donald Trump, insistindo também que o acordo de Paris não é negociável.
Mundo lamenta decisão
A decisão de Donald Trump é considerada “gravemente errada” pelo presidente da Comissão Europeia. Por sua vez, o comissário europeu da Ação pelo Clima garantiu que o mundo poderá continuar a contar com a Europa para liderar a luta contra o aquecimento global.
O primeiro-ministro dinamarquês lamenta um “triste dia para o mundo”, garantindo no entanto que Copenhaga está preparada para “continuar a lutar pelo clima para salvar as gerações futuras.
Em Nova Iorque, o porta-voz das Nações Unidas classificou a decisão de Donald Trump como “grande deceção”. O Canadá mostrou-se “profundamente desapontado” com a decisão norte-americana, uma vez que o compromisso de Paris é “um bom acordo para o Canadá e um bom acordo para o mundo”.