Mundo
Embaixador angolano queixa-se de diabolização em Portugal
O embaixador angolano em Lisboa é citado este domingo pelo Jornal de Angola num ataque ao que considera ser uma ofensiva de “sectores maléficos” da sociedade portuguesa contra o seu país. Segundo José Marcos Barrica, o caso do ativista Luaty Beirão, em greve de fome há já 35 dias, não seria mais do que “um pretexto para fazer ressurgir aquilo que em Portugal sempre se pretendeu: diabolizar Angola”.
“O problema do cidadão Luaty Beirão apenas é um pretexto para fazer ressurgir aquilo que em Portugal sempre se pretendeu: diabolizar Angola”, estimou o diplomata angolano, que se exprimia nas comemorações dos dez anos do jornal Mwangolé, da responsabilidade dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Lisboa.Luaty Beirão, que cumpre este domingo o 35.º dia de
greve de fome, é um dos 15 ativistas angolanos em prisão preventiva
desde junho, acusados de prepararem um golpe de Estado.
José Marcos Barrica prosseguiu o libelo contra o que descreveu como “sectores maléficos” da sociedade portuguesa com a denúncia de “uma campanha para denegrir a imagem de Angola e abafar as suas conquistas alcançadas ao longo dos 40 anos de independência”.
Isto “por causa de um indivíduo que em Portugal é mais falado que o Papa”, afirmou mesmo o embaixador do país de Eduardo dos Santos.
O grupo de 15 ativistas que inclui o rapper Luaty Beirão, insistiu Barrica, foi detido por razões de Estado: “Não se pode ver a árvore sem verificarmos a floresta, não indo ao fundo do problema”.
“Fiel aos bons costumes e ao princípio de não-ingerência, jamais Angola ousou questionar ou exercer pressão de qualquer espécie sobre decisões de entidades portuguesas, por constituírem assuntos internos deste Estado soberano”, acentuou o embaixador angolano.
“O papel que cabe aos tribunais”
Detidos em junho, os ativistas foram formalmente acusados em setembro de atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente de Angola. O início do julgamento está previsto para 16 de novembro no Tribunal Provincial de Luanda.
Patrícia Machado, Paulo Catarro, José Rui Rodrigues - RTP (24 de outubro de 2015)
Luaty Beirão, de 33 anos, permanece sob detenção numa clínica privada de Angola. Exige aguardar o julgamento em liberdade.
Portugal é um de vários países europeus onde têm decorrido manifestações de solidariedade para com os ativistas detidos, com múltiplos pedidos para que José Eduardo dos Santos interceda tendo em vista a sua libertação.
Nas declarações citadas pelo Jornal de Angola, José Marcos Barrica critica estas iniciativas, advertindo contra violações do princípio da separação de poderes.
“O Presidente da República não pode fazer o papel que cabe aos tribunais, interferindo no tratamento de matéria sob a alçada do poder judicial”, concluiu.
José Marcos Barrica prosseguiu o libelo contra o que descreveu como “sectores maléficos” da sociedade portuguesa com a denúncia de “uma campanha para denegrir a imagem de Angola e abafar as suas conquistas alcançadas ao longo dos 40 anos de independência”.
Isto “por causa de um indivíduo que em Portugal é mais falado que o Papa”, afirmou mesmo o embaixador do país de Eduardo dos Santos.
O grupo de 15 ativistas que inclui o rapper Luaty Beirão, insistiu Barrica, foi detido por razões de Estado: “Não se pode ver a árvore sem verificarmos a floresta, não indo ao fundo do problema”.
“Fiel aos bons costumes e ao princípio de não-ingerência, jamais Angola ousou questionar ou exercer pressão de qualquer espécie sobre decisões de entidades portuguesas, por constituírem assuntos internos deste Estado soberano”, acentuou o embaixador angolano.
“O papel que cabe aos tribunais”
Detidos em junho, os ativistas foram formalmente acusados em setembro de atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente de Angola. O início do julgamento está previsto para 16 de novembro no Tribunal Provincial de Luanda.
Patrícia Machado, Paulo Catarro, José Rui Rodrigues - RTP (24 de outubro de 2015)
Luaty Beirão, de 33 anos, permanece sob detenção numa clínica privada de Angola. Exige aguardar o julgamento em liberdade.
Portugal é um de vários países europeus onde têm decorrido manifestações de solidariedade para com os ativistas detidos, com múltiplos pedidos para que José Eduardo dos Santos interceda tendo em vista a sua libertação.
Nas declarações citadas pelo Jornal de Angola, José Marcos Barrica critica estas iniciativas, advertindo contra violações do princípio da separação de poderes.
“O Presidente da República não pode fazer o papel que cabe aos tribunais, interferindo no tratamento de matéria sob a alçada do poder judicial”, concluiu.