Embaixador do Brasil reuniu-se com secretário de Estado Adjunto da Presidência sobre deportações

O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro Silva, reuniu-se quarta-feira com o secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, no âmbito do acompanhamento pelas autoridades diplomáticas brasileiras da deportação de imigrantes brasileiros, anunciou hoje a embaixada.

Lusa /

"O secretário de Estado Adjunto da Presidência deu nota sobre o andamento dos trabalhos da Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA [Agência para a Integração Migrações e Asilo]", lê-se numa informação enviada à agência Lusa pela representação diplomática brasileira.

Na nota acrescenta-se que o governante português "deu nota também sobre os procedimentos seguidos nos casos de indeferimento dos pedidos de residência e notificação de abandono voluntário do território português, no estrito cumprimento da legislação portuguesa em vigor".

"Tendo em conta a expressividade da comunidade brasileira residente em Portugal, as partes concordaram em dar seguimento ao diálogo sobre o tema", conclui, adiantando que o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, acompanhou o embaixador na reunião.

O anúncio da realização da reunião com o secretário de Estado Rui Armindo Freitas foi feito à Lusa na terça-feira pelo embaixador Raimundo Carreiro Silva.

Na segunda-feira, o Público Brasil avançou que o embaixador brasileiro iria pedir uma reunião com o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro, para obter mais informações sobre o processo de expulsão de cerca de 18 mil imigrantes do país.

Segundo aquela publicação, o diplomata reafirmou que, de acordo com as informações transmitidas pelas autoridades portuguesas, o número de brasileiros na lista para serem deportados "é residual", apesar de a comunidade brasileira ser a maior entre os estrangeiros que vivem em território português, ultrapassando 550 mil.

A AIMA vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias, confirmou em 03 de maio o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

De acordo com o governante, trata-se do primeiro grupo de imigrantes notificado de um total de 18 mil indeferimentos.

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