Embaixadora de Israel pede à comunidade internacional para pressionar Hamas a parar
Lisboa, 11 jul (Lusa) - A embaixadora de Israel em Portugal, Tzipora Rimon, pediu hoje à comunidade internacional para pressionar o movimento de resistência islâmica Hamas a parar com o lançamento de foguetes contra território israelita.
"No momento em que o Hamas parar, Israel vai parar também" a operação militar "Margem Protetora", iniciada a 08 de julho e cujo o objetivo é "proteger a população civil e garantir a vida normal dos israelitas".
"A agenda do Hamas é contra a vontade da população palestiniana que quer paz, uma economia florescente e viver em segurança ao lado de Israel", afirmou a diplomata, em declarações à Lusa.
Na sequência do lançamento de mísseis do Líbano contra Israel, Tzipora Rimon alertou também a comunidade internacional para que pressione o Líbano e o Irão "para não começarem a guerra do Líbano número três".
Três foguetes foram disparados hoje do Líbano para Israel, que respondeu com o lançamento de vários mísseis, sem vítimas, mas com danos materiais, disseram fontes policiais.
Em resposta, a artilharia israelita disparou 25 mísseis a partir dos arredores de Kfarchuba, na região problemática das explorações agrícolas de Chebaa, noticiou a cadeia televisiva ANN.
"Se o lançamento de foguetes continuar, naturalmente que Israel terá que reagir para travar qualquer ameaça mais concreta", sublinhou.
Para a diplomata, a situação na região, mais especificamente no Iraque e na Síria, tem um forte impacto em Israel, mas também na Europa: "É uma ameaça para o mundo inteiro".
Sobre a operação "Margem Protetora", Tzipora Rimon sublinhou que "Israel faz todos os esforços para minimizar as vítimas e só quer garantir a segurança e a vida normal da sua população, não quer atingir a população palestiniana, apenas alvos do Hamas".
"Os ataques israelitas são feitos mediante informações muito precisas" sobre os alvos a atingir, o "exército avisa previamente os cidadãos palestinianos para abandonarem casas usadas pelo Hamas", e "muitas vezes, os ataques são cancelados apesar de os alvos estarem identificados", afirmou.
O Hamas usa casas como centros de controlo, comunicações e depósitos de armamento, e "os cidadãos palestinianos como escudos humanos", advertiu Tzipora Rimon.
Ao contrário de Israel, o objetivo do Hamas "é atingir mais pessoas com o lançamento indiscriminado de foguetes contra centros populacionais israelitas", disse.
De acordo com a embaixada, nas últimas 24 horas, o Hamas intensificou os bombardeamentos contra civis israelitas, disparando cerca de 200 mísseis da Faixa de Gaza. Durante a madrugada, e pela primeira vez, os alarmes foram acionados em Haifa, no norte de Israel, a quase 200 quilómetros de Gaza.
Desde o início da "Margem Protetora", cerca de 550 mísseis foram disparados contra Israel e pelo menos 100 palestinianos morreram e quase 700 ficaram feridos.
Israel disse ter atacado perto de 1.090 alvos por mar e ar desde o início da ofensiva.