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Emma Morano, considerada a mulher mais velha do mundo, morreu aos 117 anos

por Lusa
Morano nasceu em 1899 Reuters

A italiana Emma Morano, considerada a mulher mais velha do mundo, morreu hoje na sua casa em Itália, com 117 anos, anunciou o seu médico pessoal.

 

“Ela teve uma vida extraordinária e vamos lembrar-nos sempre da sua força para ir em frente”, declarou o presidente da câmara de Verbania, localidade do norte de Itália onde residia, citado pela imprensa italiana.

Emma Morano nasceu a 29 de novembro de 1899.

A celebração do seu 117.º aniversário, em novembro passado, foi acompanhada pela imprensa na sua casa de duas assoalhadas naquela cidade de montanha, na companhia das duas sobrinhas mais velhas, duas cuidadoras e o médico pessoal, Carlo Bava.

Sentada numa cadeira de braços, Morano soprou de uma vez as velas do bolo - três velas com os algarismos um, um e sete – e abriu alguns presentes, entre os quais os seus bolinhos preferidos, que comeu em seguida, acompanhados com um copo de leite.

“Estou feliz por fazer 117 anos”, disse.

Na altura, já via e ouvia mal e estava acamada, não saindo de casa há mais de duas décadas. Mas os que a conheciam bem diziam que continuava atenta, lúcida, e que mantinha uma excelente memória e o sentido de humor.

Emma Martina Luigia Morano tornou-se “a mulher mais velha do mundo” em maio de 2016, depois da morte da norte-americana Susannah Mushatt Jones, nascida a 06 de julho de 1899, segundo a lista elaborada pelo norte-americano “Gerontology Research Group”.

Numa entrevista de 2015, Morano atribuiu a sua longevidade a uma dieta fora do vulgar: três ovos crus por dia, que depois de uma anemia foram substituídos por dois ovos crus e 150 gramas de bife cru.

Não gostava de legumes nem fruta, comendo apenas ocasionalmente uvas ou puré de maçã. Era gulosa e gostava especialmente de um bolo tradicional italiano, a colomba, com fruta cristalizada.

O médico pessoal atribuiu a longevidade de Emma Morano não à dieta, mas à genética.

“Penso que é genético, toda a família dela viveu muitos anos. A sua dieta teria destruído o fígado da maior parte das pessoas, mas Emma até podia ter comido pedras que mesmo assim viveria muitos anos”, disse em 2016.

“E o que talvez seja mais importante é que sempre teve uma personalidade forte. Foi sempre ela a decidir o que fazia e o que não fazia”, acrescentou.

Emma Morano atribuiu também a sua longa vida à coragem que teve de deixar o maridoviolento em 1938, pouco tempo depois da morte, em bebé, do seu único filho.

Após a separação, para se sustentar, procurou emprego numa fábrica de sacos de serapilheira, na qual trabalhou até aos 75 anos.

Segundo o instituto norte-americano, a mulher mais velha do mundo é agora uma jamaicana, Violet Brown, nascida a 10 de março de 1900.

 

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