Empresas em suspenso com decisão da petrolífera Total em Cabo Delgado

Em Moçambique, a suspensão do projeto de exploração de gás natural, hoje anunciada pela petrolífera Total, agrava ainda mais as condições em que operam centenas de empresas, várias delas portuguesas, na região de Cabo Delgado.

Nuno Amaral /
A petrolífera Total anunciou motivos de "força maior" para a retirada de todo o pessoal do norte de Moçambique, após o agravamento da violência armada de rebeldes na sequência do ataque a Palma, junto ao projeto de gás.

Trata-se de uma suspensão e não de um cancelamento, esclarece a petrolífera francesa, citada pela Agência Lusa. Avaliado em 20 mil milhões de euros, este é o maior investimento privado em curso em África.

O enviado especial da Antena1 a Cabo Delgado reporta informações recebidas do Conselho Empresarial da província, que revela haver já empresas em processo de despedimento coletivo. O mesmo organismo estima que a Total tenha contratos com mil empresas e, se a suspensão dos trabalhos em Afungi se prolongar, podem estar em causa 110 mil postos de trabalho.

Hoje, uma missão diplomática portuguesa começa uma visita de três dias a Cabo Delgado. O embaixador em Maputo, António Costa Moura, e a delegada da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) para Moçambique, Alexandra Ferreira Leite, vão reunir-se com a comunidade e empresários portugueses afetados por esta crise.
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