Enviado russo afirma que EUA, Ucrânia e Rússia estão próximos de uma "solução diplomática"

Kirill Dmitriev, enviado especial do presidente russo Vladimir Putin para investimentos e cooperação económica, disse esta sexta-feira que acredita que Estados Unidos, Ucrânia e Rússia estão próximos de uma solução diplomática para encerrar um conflito que já dura há mais de três anos.

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Kirill Dmitriev, enviado russo para a cooperação económica, deslocou-se esta sexta-feira com urgência a Washington. Foto: Maxim Shemetov - AFP

"Acredito que a Rússia, os EUA e a Ucrânia estão, na verdade, muito  próximos de uma solução diplomática. É uma grande iniciativa do presidente Zelensky já reconhecer que se trata de linhas de batalha", disse Dmitriev em entrevista à CNN.

O enviado especial lembra que a posição anterior de Zelensky era a de que a Rússia "deveria sair completamente" do território ucraniano. 

Kirill Dmitriev afirma, portanto que os as partes estão "razoavelmente próximas de uma solução diplomática". 

O enviado russo para a cooperação económica, Kiril Dmítriev, deslocou-se esta sexta-feira com urgência a Washington, depois da aprovação de sanções ás duas maiores petrolíferas russas e o adiamento da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin.

A Axios informou que Dmítriev dve reunir-se ainda hoje com o homólogo norte-americano, Steve Witkoff.

Na quinta-feira, Trump, anunciou sanções contra a Rosneft e a Lukoil, depois de adiar a cimeira com Putin prevista para Budapeste. 

Também na quinta-feira, a União Europeia anunciou o 19.º pacote de sanções contra a Federação Russa, que inclui restrições contra a designada frota fantasma russa e antecipa em um ano a proibição de importação do gás russo.

Da mesma forma, são sancionadas igualmente empresas chinesas e indianas que ajudam os russos a contornar as sanções internacionais.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que o governo russo fará "o que melhor corresponda aos seus interesses".

Desafiador, sugeriu a Trump que veja "dentro de seis meses" se as sanções afetam a Federação Russa.

Putin qualificou na quinta-feira as sanções como um "passo inamistoso", mas rejeitou que venham a ter um impacto "notável" na economia russa.

Depois de considerar que as sanções não ajudam a melhorar as relações russo-norte-americanas, prognosticou a subida do preço do petróleo nos mercados internacionais.

c/ agências
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