Mundo
Equipa de peritos norte-americanos em aviação investiga “milagre no Hudson”
Uma equipa de 20 peritos do painel federal norte-americano que tutela o sector dos transportes civis iniciou esta sexta-feira uma investigação para apurar as razões que levaram o piloto de um Airbus A320 da US Airways a amarar no Rio Hudson, em Nova Iorque. Depois de ter evitado que o aparelho se despenhasse nas ruas de Manhattan, o capitão Chesley Sullenberger ascendeu à condição de herói.
“Milagre no Hudson” é o chavão que perpassa as declarações de responsáveis políticos e as primeiras páginas da imprensa dos Estados Unidos após a amaragem de quinta-feira no Rio Hudson, ao largo de Manhattan.
O californiano Chesley B. “Sully” Sullenberger III, um antigo piloto de caças da Força Aérea de 57 anos, conseguiu pilotar um Airbus A320 com 155 pessoas a bordo e aparentemente incapaz de voar até amarar em relativa segurança nas águas glaciais do Inverno nova-iorquino.

Todos os 150 e passageiros e cinco elementos da tripulação escaparam com vida. Apenas um passageiro sofreu ferimentos de maior gravidade: fracturas em ambas as pernas.
As imagens dos passageiros do voo 1549 a franquearem ordeiramente as saídas de emergência de um avião parcialmente submerso, aguardando socorro sobre asas que se transformaram em cais flutuantes, são difundidas à saciedade para ilustrar a ideia de um “milagre” da aviação moderna.
“Tivemos um milagre na Rua 34. Acredito que agora tivemos um milagre no Hudson”, afirmava esta sexta-feira o governador do Estado de Nova Iorque, David Paterson.
”O meu avião está a cair”
O voo 1549 da transportadora US Airways, com destino a Charlotte, na Carolina do Norte, descolou do Aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, às 15h26 (20h26 em Lisboa) de quinta-feira. Menos de um minuto depois de as rodas do Airbus A320 terem deixado a pista, o piloto informou o controlador de voo que o avião sofrera um “duplo choque com aves”.
Segundo Doug Church, porta-voz da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, o controlador encarregado de gerir o voo 1549 instruiu o capitão Sullenberger a desviar o avião para um aeroporto de Teterboro, em Nova Jérsia. O aparelho acabaria por amarar no Rio Hudson, numa manobra que o mayor de Nova Iorque descreveu como uma “prova de mestria”.

No momento em que o espanto começa a dar lugar às perguntas, ainda não é totalmente cristalino que tenha sido a colisão com um par de aves a causa de uma avaria grave nos sistemas de propulsão do Airbus A320.
A bordo do aparelho, os passageiros depressa compreenderam que eram protagonistas em potência de um desastre aéreo de grandes proporções.
“Ouvi uma explosão e vi chamas a sair da asa esquerda. Pensei logo que aquilo não era bom”, recordou o passageiro Dave Sanderson, em declarações à Associated Press (AP).
A dada altura, pouco depois da descolagem, a voz de Chesley Sullenberger alertava os passageiros: “Preparem-se para o impacto porque vamos mergulhar”.
Vallie Collins, uma passageira do voo 1549 citada pela AP, ainda encontrou tempo para enviar uma mensagem de telemóvel ao marido: “O meu avião está a cair”.
Grua no Hudson
Os investigadores do Painel Nacional de Segurança dos Transportes contam agora com o trabalho de uma grua de grandes dimensões para resgatar o avião da US Airways ao leito do Hudson.
Os responsáveis federais apostam nas informações registadas pelas caixas negras para pintarem um quadro mais rigoroso dos acontecimentos de quinta-feira.
O aparelho manteve-se à tona durante o tempo suficiente para que uma dezena de navios civis e das autoridades norte-americanas (Departamento de Bombeiros de Nova Iorque, Administração Portuária e Guarda Costeira) conseguissem resgatar todos os ocupantes. Depois, começou a ir ao fundo de forma gradual, acabando por se deter ao largo de Battery Park, a cerca de quatro milhas do local da amaragem.
Nos últimos 17 anos foram relatados perto de 80 mil incidentes de aviação civil relacionados com aves, o que equivale a uma colisão a cada dez mil voos. Os números são da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.
O californiano Chesley B. “Sully” Sullenberger III, um antigo piloto de caças da Força Aérea de 57 anos, conseguiu pilotar um Airbus A320 com 155 pessoas a bordo e aparentemente incapaz de voar até amarar em relativa segurança nas águas glaciais do Inverno nova-iorquino.

Todos os 150 e passageiros e cinco elementos da tripulação escaparam com vida. Apenas um passageiro sofreu ferimentos de maior gravidade: fracturas em ambas as pernas.
As imagens dos passageiros do voo 1549 a franquearem ordeiramente as saídas de emergência de um avião parcialmente submerso, aguardando socorro sobre asas que se transformaram em cais flutuantes, são difundidas à saciedade para ilustrar a ideia de um “milagre” da aviação moderna.
“Tivemos um milagre na Rua 34. Acredito que agora tivemos um milagre no Hudson”, afirmava esta sexta-feira o governador do Estado de Nova Iorque, David Paterson.
”O meu avião está a cair”
O voo 1549 da transportadora US Airways, com destino a Charlotte, na Carolina do Norte, descolou do Aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, às 15h26 (20h26 em Lisboa) de quinta-feira. Menos de um minuto depois de as rodas do Airbus A320 terem deixado a pista, o piloto informou o controlador de voo que o avião sofrera um “duplo choque com aves”.
Segundo Doug Church, porta-voz da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, o controlador encarregado de gerir o voo 1549 instruiu o capitão Sullenberger a desviar o avião para um aeroporto de Teterboro, em Nova Jérsia. O aparelho acabaria por amarar no Rio Hudson, numa manobra que o mayor de Nova Iorque descreveu como uma “prova de mestria”.

No momento em que o espanto começa a dar lugar às perguntas, ainda não é totalmente cristalino que tenha sido a colisão com um par de aves a causa de uma avaria grave nos sistemas de propulsão do Airbus A320.
A bordo do aparelho, os passageiros depressa compreenderam que eram protagonistas em potência de um desastre aéreo de grandes proporções.
“Ouvi uma explosão e vi chamas a sair da asa esquerda. Pensei logo que aquilo não era bom”, recordou o passageiro Dave Sanderson, em declarações à Associated Press (AP).
A dada altura, pouco depois da descolagem, a voz de Chesley Sullenberger alertava os passageiros: “Preparem-se para o impacto porque vamos mergulhar”.
Vallie Collins, uma passageira do voo 1549 citada pela AP, ainda encontrou tempo para enviar uma mensagem de telemóvel ao marido: “O meu avião está a cair”.
Grua no Hudson
Os investigadores do Painel Nacional de Segurança dos Transportes contam agora com o trabalho de uma grua de grandes dimensões para resgatar o avião da US Airways ao leito do Hudson.
Os responsáveis federais apostam nas informações registadas pelas caixas negras para pintarem um quadro mais rigoroso dos acontecimentos de quinta-feira.
O aparelho manteve-se à tona durante o tempo suficiente para que uma dezena de navios civis e das autoridades norte-americanas (Departamento de Bombeiros de Nova Iorque, Administração Portuária e Guarda Costeira) conseguissem resgatar todos os ocupantes. Depois, começou a ir ao fundo de forma gradual, acabando por se deter ao largo de Battery Park, a cerca de quatro milhas do local da amaragem.
Nos últimos 17 anos foram relatados perto de 80 mil incidentes de aviação civil relacionados com aves, o que equivale a uma colisão a cada dez mil voos. Os números são da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.