Mundo
Guerra na Ucrânia
Escândalo de corrupção no setor energético pressiona Zelensky a demitir chefe de gabinete
Um escândalo de corrupção no setor energético está a abalar o poder político ucraniano, e já provocou duas demissões, a da ministra da Energia Svitlana Hrynchuk, e a do ministro da Justiça, Herman Halushchenko, a pedido do presidente ucraniano.
A oposição, que acusa agora o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, afirma ser “difícil de acreditar” o seu desconhecimento de um escândalo desta dimensão.
No entanto, as gravações divulgadas pelo Gabinete Nacional Anticorrupção são usadas como prova de acusação, tendo um deputado afirmado ao jornal Politico EU que “toda a gente percebe que as gravações conduzem a ele [Yermak]”, e que terá sido também o autor da tentativa de enfraquecimento dos poderes do gabinete, revelado em julho, mas não concretizado.
O chefe do gabinete anticorrupção, Semen Kryvonos, não confirma estas ligações, e Yermak ainda não foi indiciado pela prática dos crimes.
O mesmo jornal aponta que Zelensky irá abordar o tema quando regressar ao país. O presidente ucraniano encontra-se em viagem pela Europa Ocidental, mas dois assessores da presidência adiantam que serão feitas mudanças no governo, ainda que não incluam a demissão de Yermak.
Num momento em que a Ucrânia entra no seu quarto inverno de guerra, e com ataques russos a várias infraestruturas energéticas, este escândalo de corrupção tem acentuado as divisões políticas internas, e fragilizado o círculo íntimo de Zelensky. As divisões já resultaram na perda de apoio presidencial no Parlamento, e na recolha de assinaturas por parte do partido do ex-presidente, Petro Poroshenko, para a apresentação de uma moção de censura ao gabinete de guerra.
“Agora é necessário resolver a questão da confiança do povo ucraniano no governo”, afirma o ex-presidente numa publicação na rede social Facebook.
A investigação conduzida pelo Gabinete Nacional Anticorrupção prende-se com um alegado esquema de desvio de 100 milhões de euros da companhia energética estatal Energoatom, no espaço de 15 meses, para a Suíça e Israel, através de subornos pagos a contratantes.
Cinco pessoas já foram detidas, incluindo o ex-vice-primeiro-ministro, Oleksiy Chernyshov, tendo Tymur Mindich, antigo aliado de Volodymyr Zelenskyy, sido alvo de sanções, e abandonado o país na semana passada, antes de buscas realizadas na sua casa. O presidente ucraniano tem pedido aos suspeitos para cooperarem com a investigação.
A polémica já provocou reações a nível europeu, com o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, a pedir esta quinta-feira o cancelamento da transferência de mais 100 mil milhões de euros em ajuda para a Ucrânia. “Em vez de parar o pagamento e pedir clareza financeira imediata, [Ursula von der Leyen] quer enviar mais 100 mil milhões [de euros] para a Ucrânia”, acusa Szijjarto.
No entanto, as gravações divulgadas pelo Gabinete Nacional Anticorrupção são usadas como prova de acusação, tendo um deputado afirmado ao jornal Politico EU que “toda a gente percebe que as gravações conduzem a ele [Yermak]”, e que terá sido também o autor da tentativa de enfraquecimento dos poderes do gabinete, revelado em julho, mas não concretizado.
O chefe do gabinete anticorrupção, Semen Kryvonos, não confirma estas ligações, e Yermak ainda não foi indiciado pela prática dos crimes.
O mesmo jornal aponta que Zelensky irá abordar o tema quando regressar ao país. O presidente ucraniano encontra-se em viagem pela Europa Ocidental, mas dois assessores da presidência adiantam que serão feitas mudanças no governo, ainda que não incluam a demissão de Yermak.
Num momento em que a Ucrânia entra no seu quarto inverno de guerra, e com ataques russos a várias infraestruturas energéticas, este escândalo de corrupção tem acentuado as divisões políticas internas, e fragilizado o círculo íntimo de Zelensky. As divisões já resultaram na perda de apoio presidencial no Parlamento, e na recolha de assinaturas por parte do partido do ex-presidente, Petro Poroshenko, para a apresentação de uma moção de censura ao gabinete de guerra.
“Agora é necessário resolver a questão da confiança do povo ucraniano no governo”, afirma o ex-presidente numa publicação na rede social Facebook.
A investigação conduzida pelo Gabinete Nacional Anticorrupção prende-se com um alegado esquema de desvio de 100 milhões de euros da companhia energética estatal Energoatom, no espaço de 15 meses, para a Suíça e Israel, através de subornos pagos a contratantes.
Cinco pessoas já foram detidas, incluindo o ex-vice-primeiro-ministro, Oleksiy Chernyshov, tendo Tymur Mindich, antigo aliado de Volodymyr Zelenskyy, sido alvo de sanções, e abandonado o país na semana passada, antes de buscas realizadas na sua casa. O presidente ucraniano tem pedido aos suspeitos para cooperarem com a investigação.
A polémica já provocou reações a nível europeu, com o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, a pedir esta quinta-feira o cancelamento da transferência de mais 100 mil milhões de euros em ajuda para a Ucrânia. “Em vez de parar o pagamento e pedir clareza financeira imediata, [Ursula von der Leyen] quer enviar mais 100 mil milhões [de euros] para a Ucrânia”, acusa Szijjarto.