Escolas de samba Rio de Janeiro gastam mais de 20 ME festejos Carnaval

O Carnaval do Rio de Janeiro está cada vez mais caro, segundo um levantamento divulgado hoje pelo jornal O Dia, que indica um investimento de 21,5 milhões de euros nos desfiles das 13 escolas do grupo especial.

Agência LUSA /

A Beija-Flor de Nilópolis, que entra na avenida disposta a conquistar o tetracampeonato, diz ter gasto de sete milhões de reais (2,5 milhões de euros) este ano num enredo sobre a realeza africana.

A que menos gastou, a Império Serrano, aplicou três milhões de reais (um milhão de euros).

"Se o espectáculo continuar nesse nível de exigência, o Carnaval vai se tornar inviável para as escolas que não tenham patrocinador", afirmou ao "O Dia" o director de Carnaval da escola Estácio de Sá, Marcos Aurélio Fernandes.

A necessidade de obter patrocinadores determinou o aparecimento de enredos capazes de proporcionar retornos financeiros e, desde 1996, os enredos das escolas vêm assumindo o formato de "projectos culturais".

Segundo alguns dirigentes de escolas de samba, os enredos orientados nesse sentido são uma saída para reduzirem os custos cada vez mais elevados dos Carnavais.

Hoje, seis das 13 escolas do grupo especial desfilam na Passarela do Samba: Estácio de Sá, Império Serrano, Mangueira, Viradouro, Mocidade e Vila Isabel.

Na segunda-feira desfilarão Porto da Pedra, Unidos da Tijuca, Salgueiro, Portela, Imperatriz, Grande Rio e Beija-Flor.

Os desfiles serão exibidos com exclusividade pela TV Globo.

Ao todo, 50 mil componentes desfilarão na Passarela do Samba nas treze concorrentes do grupo especial.

A escola mais populosa é a Mangueira, que este ano dedicou o seu samba-enredo à história língua portuguesa, mas não conseguiu nenhum patrocínio do governo nem de empresas portuguesas.

Intitulado "Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor", o enredo vai falar sobre todas as influências que o idioma sofreu até chegar à actual versão brasileira.

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