Eslováquia. Pró-russo vencedor de eleições quer abandonar ajuda militar à Ucrânia
Depois da vitória eleitoral, Robert Fico, líder do partido Social-Democracia Eslovaca - Smer, vincou a posição pró-Rússia. Durante a campanha, defendeu que pretendia acabar com a ajuda militar à Ucrânia e agora como partido favorito dos eslovacos garante que a sua posição "não mudou".
Em causa está um potencial desafio à unidade da NATO e da UE na Ucrânia.
Robert Fico havia prometido, durante a campanha eleitoral, que acabaria com a ajuda militar à Ucrânia, caso ganhasse o escrutínio. Após a vitória, reitera as propostas eleitorais, dizendo que a sua posição “não mudou”.
Fico não só prometeu o fim imediato do apoio militar eslovaco à Ucrânia como também prometeu bloquear as ambições da Ucrânia na NATO.
O líder do Smer tem uma posição política pró-Moscovo e já afirmou que “fará tudo” ao seu alcance para iniciar as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
“Mais mortes não vão ajudar ninguém”, expressou Fico.
“Estamos preparados para ajudar a Ucrânia de uma forma humanitária, estamos preparados para ajudar na reconstrução do Estado. Mas todos vós conhecem a nossa opinião sobre armar a Ucrânia”, sublinhou Fico aos jornalistas.
Hungria satisfeita
"Adivinhem quem voltou!", escreveu Orbán na rede. Exaltou que "é sempre bom trabalhar junto com um patriota. Estou ansioso por isso”.
Guess who's back! Congratulations to Robert Fico on his undisputable victory at the Slovak parliamentary elections. Always good to work together with a patriot. Looking forward to it! 🇭🇺🇸🇰 pic.twitter.com/JHIlYWKX6c
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) October 1, 2023
Quanto ao capítulo da guerra, desvalorizou-o, lembrando que “as pessoas na Eslováquia têm problemas maiores do que a Ucrânia”.
Fico, que foi duas vezes primeiro-ministro, tem agora a oportunidade de recuperar o cargo.
Porém, tem de se coligar, sendo apontada a solução de acertar agulhas com Hlas, partido visto como um derivado do Smer e com o Partido Nacional Eslovaco (SNS), nacionalista e pró-Rússia, que teria uma maioria pequena, mas funcional, de 79 assentos no Parlamento de 150 assentos.