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Especialista defende intervenção de países árabes para travar grupo radical do Estado Islâmico
O diretor do Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade de Lisboa acredita que a atuação dos Estados Unidos face ao avanço do grupo radical do Estado Islâmico fica condicionada pela perseguição que estão a fazer a cidadãos norte-americanos. António Dias Farinha defende que deve haver intervenção de países árabes para travar os radicais.
Foto: Reuters
António Dias Farinha sublinha que o Estado Islâmico do Iraque e Levante é uma organização cada vez mais extremista, que demonstra uma vontade de radicalização, de luta e de vingança.
“Deverá haver mais tarde ou mais cedo intervenção de terceiros”, acrescenta, esclarecendo que se espera que “os países árabes tenham uma intervenção”, nomeadamente a Arábia Saudita e Egito.
Os serviços de segurança dos Estados Unidos estão a verificar a autenticidade de um vídeo divulgado na terça-feira que mostra a suposta decapitação do jornalista norte-americano James Foley pelos extremistas do grupo radical do Estado Islâmico, que controla parte dos territórios do Iraque e da Síria.
Os rebeldes do grupo jihadista do Estado Islâmico afirmam ter decapitado James Foley em retaliação pelos ataques aéreos norte-americanos no Iraque. Os extremistas avisam que a vida de um outro jornalista desaparecido há um ano também está em risco, dependendo da próxima decisão do presidente dos Estados Unidos.