Estados Unidos culpam Assad pelo ataque químico

por Jorge Almeida - RTP
Ammar Abdullah - Reuters

Os Estados Unidos classificaram o ataque com armas químicas como um "ato intolerável". Trump está alarmado com os relatórios.

O ataque químico a instalações médicas na cidade Khan Sheikhoun, na província síria de Idlib, provocou pelo menos 58 mortos e cerca de 400 feridos, segundo a BBC.

A União de Assistência Médica e Organizações de Ajuda (UOSSM), colocou o número de mortos em mais de 100. Tal como a agência de notícias oposta ao regime de Damasco.

O enviado do secretário-geral das Nações Unidas, Staffan de Mistura, afirmou que foi um ataque químico “horrível”, que foi lançado do ar.

“Foi horrível e estamos a pedir uma reunião do Conselho de Segurança para a identificação dos responsáveis”, disse Staffan de Mistura, numa conferência internacional em Bruxelas.

O enviado do secretário-geral da ONU, Staffan de Mistura, pediu uma reunião do Conselho de Segurança. Foto: Reuters

Citado pela Reuters, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, reportou que o ataque provocou casos de “sufoco e desmaio” e que várias pessoas “espumavam pela boca”, sintomas que evidenciam um ataque com armas químicas.

Foto: Ammar Abdullah - Reuters

Segundo a BBC, após o primeiro ataque, caças dispararam contra clínicas onde sobreviventes estavam a ser assistidos.

A estação Al-Jazeera, avançou que “aviões suspeitos de serem russos”, alvejaram o principal hospital da cidade de Maaret al-Numan, no norte de Idlib, provocando pelo menos dez feridos.

Tanto as forças do regime sírio como a Rússia negaram qualquer responsabilidade pelo ataque.
Casa Branca classifica ataque como "ato intolerável"
A Casa Branca está "convencida" que o governo de Bashar al-Assad está por trás do alegado ataque químico no noroeste da Síria.

Uma fonte do staff do presidente revelou que Donald Trump ficou alarmado com os relatórios.

Foto: Ammar Abdullah - Reuters

Um membro do Departamento de Estado norte-americano disse à agência Reuters, "estamos a apurar os factos... Se é o que parece ser, é claramente um crime de guerra".

O presidente francês, Francois Hollande, culpou diretamente as forças do governo sírio e disse que os aliados de Assad – a Rússia e o Irão – deixam-no agir com impunidade.
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