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Estará a sonda Philae ainda viva?
É já considerada como uma das histórias mais apaixonantes da investigação espacial. Uma sonda que chegou até um cometa, pousou nele, mas que, infelizmente, não conseguiu ter luz suficiente para se manter ativa. Até agora.
"Missão Rosetta e o resgate da pequena Philae" bem poderia ser o título de um filme de ficção científica e é quase isso que acontece a quem segue a par e passo o “filme” das sondas europeias, agora junto ao Cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, a caminho do sol.
A odisseia, que se confirmou como a mais difícil e perigosa, começou quando, ao fim de dez anos de viagem, a pequena sonda espacial Philae abandonou a sonda-mãe Rosetta para tentar pousar na superfície do cometa 67P. Infelizmente, ao tocar no solo do cometa e devido à fraca gravidade, a Philae saltou por três vezes, tendo finalmente ficado posicionada longe da pretendida zona de aterragem e à sombra.

Nas horas seguintes ainda conseguiu enviar muitos dados da superfície, mas acabou por ser colocada em hibernação, devido à falta da luz solar que a manteria em funcionamento. Desde então, por volta do meio de novembro, nada mais foi ouvido ou recebido da Philae.
Estudaram-se mapas cartográficos enviados pela Rosetta, em órbita do 67P, mas os cientistas da missão não foram capazes de identificar o lugar exato onda a Philae tinha pousado.
Agora e com a aproximação do cometa ao Sol, surge uma janela de oportunidade para tentar saber se a pequena sonda sobreviveu aos últimos meses de hibernação.
Há mais a luz e os cientistas acreditam que os painéis solares possam já ter captado energia suficiente para reiniciar os sistemas primários da Philae.
Segundo o chefe da equipa de engenheiros que acompanha a missão Rosetta, Laurence O'Rourke, a Philae precisa de 5,5 watts de potência para reiniciar os sistemas básicos, nove watts para ligar o receptor a aceitar comunicações e 19 watts para ativar o transmissor de dados e permitir a comunicação bilateral com o módulo orbital.
Uma potência energética fraca quando comparada com sistemas energéticos terrestres em que lâmpadas de baixo consumo consomem 20 watts para produzir luminosidade superior a 120 Watts.
O site da missão, na ESA, acrescenta que a Philae já pode ter acordado, mas ainda não tem poder suficiente para se comunicar com Rosetta.

Os cientistas programaram a sonda mãe Rosetta para “perguntar” até 20 de março à Philae se está ativa ou não, aguardando ainda por uma resposta.
Toda esta epopeia bem como este “acidente” podem, no entanto, ter um final feliz, diz O'Rourke. Isto porque, com a aproximação do cometa ao Sol, o lugar de aterragem originalmente previsto para a Philae teria exposto a pequena sonda a temperaturas que nesta altura já teriam queimado toda a componente eletrónica.
Os trabalhos de restabelecimento de comunicação entre a Rosetta e a Philae começaram na quinta-feira, dia 12, e os controladores da missão enviarão ordens para a Philae, descritas como "comandos cegos", na esperança de que a pequena sonda tenha energia suficiente para receber instruções, mesmo que ela não possa responder.
Ordens como esta: “Philae, economiza energia para o transmissor”.
O chefe da equipa de engenheiros, O 'Rourke, admite que é um "tiro no escuro”, mas a equipa acredita poder ser uma boa oportunidade. Caso contrário, irão tentar novamente em abril.
A odisseia, que se confirmou como a mais difícil e perigosa, começou quando, ao fim de dez anos de viagem, a pequena sonda espacial Philae abandonou a sonda-mãe Rosetta para tentar pousar na superfície do cometa 67P. Infelizmente, ao tocar no solo do cometa e devido à fraca gravidade, a Philae saltou por três vezes, tendo finalmente ficado posicionada longe da pretendida zona de aterragem e à sombra.
Nas horas seguintes ainda conseguiu enviar muitos dados da superfície, mas acabou por ser colocada em hibernação, devido à falta da luz solar que a manteria em funcionamento. Desde então, por volta do meio de novembro, nada mais foi ouvido ou recebido da Philae.
Estudaram-se mapas cartográficos enviados pela Rosetta, em órbita do 67P, mas os cientistas da missão não foram capazes de identificar o lugar exato onda a Philae tinha pousado.
Agora e com a aproximação do cometa ao Sol, surge uma janela de oportunidade para tentar saber se a pequena sonda sobreviveu aos últimos meses de hibernação.
Há mais a luz e os cientistas acreditam que os painéis solares possam já ter captado energia suficiente para reiniciar os sistemas primários da Philae.
Segundo o chefe da equipa de engenheiros que acompanha a missão Rosetta, Laurence O'Rourke, a Philae precisa de 5,5 watts de potência para reiniciar os sistemas básicos, nove watts para ligar o receptor a aceitar comunicações e 19 watts para ativar o transmissor de dados e permitir a comunicação bilateral com o módulo orbital.
Uma potência energética fraca quando comparada com sistemas energéticos terrestres em que lâmpadas de baixo consumo consomem 20 watts para produzir luminosidade superior a 120 Watts.
O site da missão, na ESA, acrescenta que a Philae já pode ter acordado, mas ainda não tem poder suficiente para se comunicar com Rosetta.
Os cientistas programaram a sonda mãe Rosetta para “perguntar” até 20 de março à Philae se está ativa ou não, aguardando ainda por uma resposta.
Toda esta epopeia bem como este “acidente” podem, no entanto, ter um final feliz, diz O'Rourke. Isto porque, com a aproximação do cometa ao Sol, o lugar de aterragem originalmente previsto para a Philae teria exposto a pequena sonda a temperaturas que nesta altura já teriam queimado toda a componente eletrónica.
Os trabalhos de restabelecimento de comunicação entre a Rosetta e a Philae começaram na quinta-feira, dia 12, e os controladores da missão enviarão ordens para a Philae, descritas como "comandos cegos", na esperança de que a pequena sonda tenha energia suficiente para receber instruções, mesmo que ela não possa responder.
Ordens como esta: “Philae, economiza energia para o transmissor”.
O chefe da equipa de engenheiros, O 'Rourke, admite que é um "tiro no escuro”, mas a equipa acredita poder ser uma boa oportunidade. Caso contrário, irão tentar novamente em abril.