Mundo
Estudo alerta para danos ambientais. Modo de vida dos europeus pode estar em risco
Um novo estudo da Agência Europeia do Ambiente volta a deixar alertas para os riscos do aquecimento global: a degradação ambiental está a ameaçar o estilo de vida europeu. Apesar dos progressos na Europa na redução da poluição e de outros fatores que contribuem para o aquecimento do planeta, a destruição da vida selvagem e colapso climático estão a "arruinar os ecossistemas que sustentam a economia".
“Apesar da ambição transformadora do Pacto Ecológico Europeu, que representou uma mudança de paradigma em termos de legislação ambiental e enquadramentos políticos, as tendências subjacentes à sustentabilidade permanecem praticamente inalteradas”, começa por explicar o relatório, divulgado esta segunda-feira, acrescentando que a “janela para uma ação significativa está a diminuir e as consequências do atraso estão a tornar-se mais tangíveis”.
E não são só os ecossistemas selvagens que estão em risco, mas também os “sistemas sociais e económicos que sustentam as nossas sociedades”. O continente europeu precisa, advertem os especialistas, de “respostas integradas que reflitam a interconexão entre clima, ambiente, economia, saúde e segurança”.
A Europa está a aquecer duas vezes mais rápido que a média global, com eventos climáticos extremos impulsionados pelas alterações climáticas a afetar a vida das pessoas em toda a Europa atualmente”, lê-se no relatório Ambiente da Europa 2025.O problema é que o continente “depende criticamente dos recursos naturais para a segurança económica, para a qual as alterações climáticas e a degradação ambiental representam uma ameaça direta”. Por isso, a proteção dos recursos naturais, “a mitigação e a adaptação às alterações climáticas e a redução da poluição vão reforçar a resiliência de funções sociais vitais que dependem da natureza, como a segurança alimentar, a água potável e as defesas contra inundações”.
Quais são as conclusões do relatório?
A Agência Europeia do Ambiente publica a cada cinco anos o relatório sobre o Ambiente da Europa, desde 1995. A sétima edição foi divulgada esta segunda-feira, deixando várias advertências aos europeus e decisores políticos da União Europeia.
Entre as principais conclusões, as autoridades europeias revelam que mais de 80 por cento dos habitats protegidos estão em mau estado ou enfrentam más condições, nos quais se observam padrões “insustentáveis” de consumo e de produção que estão a levar à perda de vida selvagem. Isto é, a biodiversidade “está a diminuir nos ecossistemas terrestres, de água doce e marinhos da Europa devido a pressões persistentes impulsionadas por padrões de produção e consumo insustentáveis, nomeadamente o sistema alimentar”.
Aliás, é salientado que os maiores desafios na Europa “residem na redução da perda de biodiversidade e da degradação dos ecossistemas, bem como na adaptação à aceleração das alterações climáticas”.
Outro problema é o chamado “sumidouro de carbono” europeu diminuiu cerca de 30 por cento numa década, com a exploração intensiva da madeira, os incêndios florestais e mesmo as pragas que tem afetado as florestas. Além disso, as emissões provenientes dos veículos e da produção alimentar não reduziram praticamente desde 2005.
Segundo os especialistas europeus, os países da União Europeia não conseguiram adaptar-se às condições climáticas extremas à medida que os riscos aumentam.
E a somar a isso, a escassez de água já afeta um em cada três europeus, prevendo-se que seja uma das situações que se agrave à medida que o planeta vai aquecendo.
Os alertas surgem numa altura em que o continente enfrenta um retrocesso nas regras ambientais, à medida que partidos de extrema-direita que rejeitam os dados científicos que provam as alterações ganham força em toda a Europa. E a somar a isso, os Estados Unidos pressionaram os líderes da UE a comprar combustíveis fósseis e a abandonar os padrões de climáticos que afetam as importações.
O relatório deste ano traça o panorama mais abrangente até ao dia de hoje sobre o ambiente na Europa, embora os longos processos de verificação signifiquem que os dados mais recentes para algumas questões datam de 2021. O estudo concluiu que apenas duas das 22 metas políticas específicas para 2030 – emissões de gases de efeito estufa e substâncias destruidoras da camada de ozono – estavam "no caminho certo". Nove estavam "fora do caminho certo", com as restantes a revelarem uma tendência mista.
E não são só os ecossistemas selvagens que estão em risco, mas também os “sistemas sociais e económicos que sustentam as nossas sociedades”. O continente europeu precisa, advertem os especialistas, de “respostas integradas que reflitam a interconexão entre clima, ambiente, economia, saúde e segurança”.
A Europa está a aquecer duas vezes mais rápido que a média global, com eventos climáticos extremos impulsionados pelas alterações climáticas a afetar a vida das pessoas em toda a Europa atualmente”, lê-se no relatório Ambiente da Europa 2025.O problema é que o continente “depende criticamente dos recursos naturais para a segurança económica, para a qual as alterações climáticas e a degradação ambiental representam uma ameaça direta”. Por isso, a proteção dos recursos naturais, “a mitigação e a adaptação às alterações climáticas e a redução da poluição vão reforçar a resiliência de funções sociais vitais que dependem da natureza, como a segurança alimentar, a água potável e as defesas contra inundações”.
Quais são as conclusões do relatório?
A Agência Europeia do Ambiente publica a cada cinco anos o relatório sobre o Ambiente da Europa, desde 1995. A sétima edição foi divulgada esta segunda-feira, deixando várias advertências aos europeus e decisores políticos da União Europeia.
Entre as principais conclusões, as autoridades europeias revelam que mais de 80 por cento dos habitats protegidos estão em mau estado ou enfrentam más condições, nos quais se observam padrões “insustentáveis” de consumo e de produção que estão a levar à perda de vida selvagem. Isto é, a biodiversidade “está a diminuir nos ecossistemas terrestres, de água doce e marinhos da Europa devido a pressões persistentes impulsionadas por padrões de produção e consumo insustentáveis, nomeadamente o sistema alimentar”.
Aliás, é salientado que os maiores desafios na Europa “residem na redução da perda de biodiversidade e da degradação dos ecossistemas, bem como na adaptação à aceleração das alterações climáticas”.
Outro problema é o chamado “sumidouro de carbono” europeu diminuiu cerca de 30 por cento numa década, com a exploração intensiva da madeira, os incêndios florestais e mesmo as pragas que tem afetado as florestas. Além disso, as emissões provenientes dos veículos e da produção alimentar não reduziram praticamente desde 2005.
Segundo os especialistas europeus, os países da União Europeia não conseguiram adaptar-se às condições climáticas extremas à medida que os riscos aumentam.
E a somar a isso, a escassez de água já afeta um em cada três europeus, prevendo-se que seja uma das situações que se agrave à medida que o planeta vai aquecendo.
“Estamos com dificuldades para cumprir as nossas metas para 2030 em muitas áreas”, admitiu Leena Ylä-Mononen, diretora executiva da Agência Europeia do Ambiente.
“Isso está, basicamente, a pôr em risco a prosperidade, a competitividade e a qualidade de vida futuras dos europeus”.
Os alertas surgem numa altura em que o continente enfrenta um retrocesso nas regras ambientais, à medida que partidos de extrema-direita que rejeitam os dados científicos que provam as alterações ganham força em toda a Europa. E a somar a isso, os Estados Unidos pressionaram os líderes da UE a comprar combustíveis fósseis e a abandonar os padrões de climáticos que afetam as importações.
O relatório deste ano traça o panorama mais abrangente até ao dia de hoje sobre o ambiente na Europa, embora os longos processos de verificação signifiquem que os dados mais recentes para algumas questões datam de 2021. O estudo concluiu que apenas duas das 22 metas políticas específicas para 2030 – emissões de gases de efeito estufa e substâncias destruidoras da camada de ozono – estavam "no caminho certo". Nove estavam "fora do caminho certo", com as restantes a revelarem uma tendência mista.