Estudo aponta China como país que mais investiu no silenciamento de dissidentes na última década
Uma investigação aponta que um quarto dos países de todo o mundo tentam silenciar os seus dissidentes políticos. O estudo, realizado pela organização Freedom House, focou-se na última década e revelou que a China é o país que aparece com maior frequência, com mais de 20 por cento dos casos, nesses "alarmes" de tentativa de silenciamento.
A organização sem fins lucrativos Freedom House encontrou pelo menos 1219 incidentes, levados a cabo por pelo menos 48 governos em mais de 100 países, num período que contemplou os anos entre 2014 e 2024.
De acordo com o Guardian, o documento agora apresentado mostra que existe um pequeno núcleo duro de países que tentam calar dissidentes, com a China a aparecer em primeiro lugar e país ao qual se juntam Rússia, Turquia e Egito.
A diretora da Freedom House, Yana Gorokhovskaia, explicou que estes casos acontecem no centro das democracias.
“Todos os anos temos o registo de casos em locais como os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Suécia. Penso que isto pode surpreender algumas pessoas porque existe a ideia de que existe um certo nível de proteção e de que os autocratas não alcançam as democracias”.
Nos últimos tempos, o caso mais mediático foi o do homicídio de Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul. Vladimir Putin também foi implicado em vários casos de tentativas de homicídio e homicídios dentro do Reino Unido, especialmente o envenenamento de Alexander Litvinenko em 2006.
O Irão também está no top 10 de ataques a dissidentes. Uma jornalista da BBC Pérsia foi alvo de ameaças de ataques sexuais e uma outra jornalista foi esfaqueada em Londres, perto de casa.
De acordo com o estudo apresentado, pelo menos 64 por cento dos incidentes são contra muçulmanos, destacando-se a comunidade Uigur, que na China é alvo de vários crimes contra a humanidade e é sujeita a constante monitorização.
“Os uigures não precisam de ser ativistas para serem um alvo. O grupo é visto como uma ameaça e é por isso que é atacado”.
A China tem sido acusada de criar esquadrões de polícia ilegais em vários países do mundo para monitorizar dissidentes. O caso mais conhecido é o de uma esquadra chinesa que foi descoberta na cidade de Nova Iorque.
“Estamos a ter dificuldades em lidar com a magnitude do que a República Popular da China está a fazer. Está em todo o lado. Está nas redes sociais e na comunicação online. Há ameaças contra as famílias. A China também fez um esforço concertado para expandir acordos de extradição em vários países”, explicou Gorokhovskaia.
Os jornalistas são aqueles que estão em maior risco de sofrer campanhas de repressão, com governos autoritários a tentarem controlar a informação publicada.
De acordo com o Guardian, o documento agora apresentado mostra que existe um pequeno núcleo duro de países que tentam calar dissidentes, com a China a aparecer em primeiro lugar e país ao qual se juntam Rússia, Turquia e Egito.
A diretora da Freedom House, Yana Gorokhovskaia, explicou que estes casos acontecem no centro das democracias.
“Todos os anos temos o registo de casos em locais como os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Suécia. Penso que isto pode surpreender algumas pessoas porque existe a ideia de que existe um certo nível de proteção e de que os autocratas não alcançam as democracias”.
Nos últimos tempos, o caso mais mediático foi o do homicídio de Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul. Vladimir Putin também foi implicado em vários casos de tentativas de homicídio e homicídios dentro do Reino Unido, especialmente o envenenamento de Alexander Litvinenko em 2006.
O Irão também está no top 10 de ataques a dissidentes. Uma jornalista da BBC Pérsia foi alvo de ameaças de ataques sexuais e uma outra jornalista foi esfaqueada em Londres, perto de casa.
De acordo com o estudo apresentado, pelo menos 64 por cento dos incidentes são contra muçulmanos, destacando-se a comunidade Uigur, que na China é alvo de vários crimes contra a humanidade e é sujeita a constante monitorização.
“Os uigures não precisam de ser ativistas para serem um alvo. O grupo é visto como uma ameaça e é por isso que é atacado”.
A China tem sido acusada de criar esquadrões de polícia ilegais em vários países do mundo para monitorizar dissidentes. O caso mais conhecido é o de uma esquadra chinesa que foi descoberta na cidade de Nova Iorque.
“Estamos a ter dificuldades em lidar com a magnitude do que a República Popular da China está a fazer. Está em todo o lado. Está nas redes sociais e na comunicação online. Há ameaças contra as famílias. A China também fez um esforço concertado para expandir acordos de extradição em vários países”, explicou Gorokhovskaia.
Os jornalistas são aqueles que estão em maior risco de sofrer campanhas de repressão, com governos autoritários a tentarem controlar a informação publicada.