O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos afirmou hoje que Washington e os aliados asiáticos vão defender a paz no Estreito de Taiwan e reiterou o empenhamento na liberdade de navegação no Mar do Sul da China.
"Continuaremos a defender a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e a liberdade de navegação nos mares da China Oriental e Meridional", declarou Jake Sullivan aos jornalistas em Seul, juntamente com os homólogos sul-coreano, Cho Tae-yong, e japonês, Takeo Akiba.
Os comentários foram feitos após uma reunião trilateral na Coreia do Sul.
A China considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil em 1949.
Nos últimos anos, Pequim intensificou a pressão militar sobre a ilha.
Taiwan é um dos principais pontos de tensão entre a China e os Estados Unidos, o aliado mais importante de Taipé.
No sábado, Sullivan afirmou também que os três aliados tinham lançado "novas iniciativas trilaterais" para "combater as ameaças" colocadas pela Coreia do Norte, incluindo uma "colaboração mais profunda" entre as guardas costeiras.
De acordo com Seul, os chefes de defesa dos três aliados acordaram em ativar uma operação de partilha de dados em tempo real sobre os lançamentos de mísseis norte-coreanos, num momento em que Pyongyang recebeu ajuda de Moscovo.
O Ocidente, o Japão e a Coreia do Sul condenaram o lançamento, tal como o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O lançamento do satélite norte-coreano levou à suspensão parcial, por parte do Sul, e total, por parte do Norte, de um acordo militar assinado há cinco anos para aliviar as tensões bilaterais.
A Coreia do Norte declarou, pouco depois do lançamento do seu satélite espião, que o "Malligyong-1" já estava a fornecer imagens das principais instalações militares norte-americanas e sul-coreanas. No entanto, nenhuma imagem foi tornada pública.
Em agosto, o Presidente dos EUA, Joe Biden, recebeu o homólogo sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
Foi a primeira vez que os líderes dos três países se reuniram para uma cimeira autónoma. Nesta ocasião, anunciaram um programa de exercícios militares conjuntos durante vários anos e o estabelecimento de um canal de comunicação de emergência ao mais alto nível.