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EUA apoiam Iraque unido após referendo sobre independência do Curdistão

por Lusa

Washington, 26 set (Lusa) -- Os Estados Unidos manifestaram, na segunda-feira, o seu apoio a um Iraque "unido, federal, democrático e próspero", depois do referendo sobre a independência no Curdistão iraquiano, a que Washington se tinha oposto.

"Os Estados Unidos apoiam um Iraque unido, federal, democrático e próspero e continuarão a procurar oportunidades para ajudar os iraquianos a cumprir com as suas aspirações de acordo com a Constituição", afirmou, em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano.

Washington expressou também a sua oposição à "violência ou movimento unilaterais de qualquer parte para alterar as fronteiras".

Apesar de manifestar "grande desilusão" com a decisão do governo regional do Curdistão, presidido por Massud Barzani, de realizar o referendo, Washington afirmou que irá manter a histórica aliança que os uniu até agora.

"A histórica relação entre os Estados Unidos e o povo da região do Curdistão iraquiano não mudará à luz do referendo não vinculativo de hoje, mas acreditamos que este passo vai aumentar a instabilidade e dificuldades para a região e o seu povo", indicou o mesmo comunicado.

Os Estados Unidos afirmaram que "todas as partes deviam comprometer-se a manter um diálogo construtivo para melhorar o futuro de todos os iraquianos, mas alertaram Erbil [capital do Curdistão iraquiano] que o referendo "vai complicar enormemente" a relação com Bagdad e com os países vizinhos.

Washington e outras potências ocidentais como a França, Alemanha e Reino Unidos opuseram-se à realização do referendo por considerarem que a unidade do Iraque é um elemento chave para derrotar o grupo extremista Estado Islâmico (EI), luta na qual os curdos desempenharam um papel relevante.

No comunicado, os Estados Unidos alertaram que "grupos extremistas" como o EI podem "explorar a instabilidade e a discórdia" criada pelo referendo.

Mais de 5,3 milhões de curdos foram chamados a pronunciar-se sobre a independência do Curdistão iraquiano no referendo de segunda-feira.

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