No total, 39 execuções foram registadas este ano em nove Estados norte-americanos, menos do que as 43 verificadas em 2012, tendo sido a segunda vez em 19 anos que os Estados Unidos tiveram menos de 40 execuções anuais, de acordo com um relatório da organização.

Por outro lado, 80 sentenças de morte foram proferidas, mais duas do que no ano passado, mas longe do pico de 315 registadas em 1994 e 1996.

"A principal razão para a redução da aplicação da pena da morte tem sido a revelação de tantos erros", disse o diretor executivo do Centro, Richard Dieter, citado pela agência AFP, ao indicar que cerca de 140 pessoas foram exoneradas e retiradas do corredor da morte, incluindo mais um preso em 2013.

No seu relatório, o centro menciona a frustração dos Estados Unidos em encontrar uma forma consistente de aplicar a pena de morte através de injeção letal, pois muitas drogas usadas em tais injeções são fabricadas na Europa, mas a sua exportação para utilização em execuções é proibida.

Alguns Estados como a Geórgia, Missouri, Ohio e Texas começaram a usar drogas não testadas.

Os Estados Unidos foram o 5.º país a registar mais execuções entre 2007 e 2012, numa lista liderada pela China, que é seguida do Irão e da Arábia Saudita, segundo a Amnistia Internacional.

Dos 3.108 presos no corredor da morte nos Estados Unidos, a maioria está detida na Califórnia (731), Florida (412) e no Texas (298), mas a maior parte das execuções este ano teve lugar no Texas (16) e na Florida (sete).

Citando uma sondagem anual do Gallup, o Centro de Informação sobre a Pena de Morte realça que o apoio popular à pena capital entre os norte-americanos é de 60%, o nível mais baixo em quatro décadas, representando ainda assim a maioria da população dos Estados Unidos.

Trinta e dois dos 50 Estados norte-americanos aplicam a pena de morte, que foi restabelecida nos Estados Unidos em 1976, depois de uma moratória de quatro anos.

Em 2007, a assembleia-geral da ONU defendeu uma moratória à pena de morte em todo o mundo, proposta pela União Europeia, mas que foi rejeitada pelos Estados Unidos, Coreia do Norte e Irão.