EUA condenam violência sectária que matou 73 pessoas na Síria
Os Estados Unidos condenaram como "repreensível e inaceitável" a vaga de violência sectária na Síria, que causou 73 mortos, na maioria combatentes da comunidade drusa.
"A recente violência e a retórica inflamada dirigida aos membros da comunidade drusa na Síria são repreensíveis e inaceitáveis", disse na quinta-feira a porta-voz do Departamento de Estado.
"As autoridades interinas (da Síria) devem pôr fim aos conflitos, responsabilizar os responsáveis pela violência e pelos danos causados aos civis e garantir a segurança de todos os sírios", acrescentou Tammy Bruce, em comunicado.
Os Estados Unidos confirmaram ainda que já se reuniram com o chefe da diplomacia da Síria, Assaad al-Shaibani, ao qual pediram para tomar medidas contra o sectarismo.
Na passada sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio hasteou a nova bandeira do país na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, marcando um novo capítulo após a deposição do líder Bashar al-Assad, em dezembro.
A porta-voz do Departamento de Estado confirmou que as autoridades norte-americanas se reuniram com a delegação síria em Nova Iorque na terça-feira.
Violência generalizada
Dois dias de violência sectária na Síria causaram 73 mortos, na maioria combatentes drusos, anunciou na quinta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A organização disse que 30 membros das forças de segurança do governo islâmico foram mortos, bem como 15 combatentes drusos e um civil durante confrontos em Jaramana e Sahnaya, perto de Damasco, na terça e na quarta-feira.
Na província meridional de Sueida, um reduto da comunidade drusa perto de Israel, 27 combatentes drusos foram mortos na quarta-feira, segundo o OSDH, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O OSDH é uma organização não-governamental (ONG) com sede no Reino Unido, mas com uma vasta rede de informadores por toda a Síria.