EUA. Departamento de Censos encerra temporariamente por causa da violência

por Lusa

O Departamento de Censos dos Estados Unidos encerrou hoje temporariamente em várias cidades norte-americanas como medida de precaução face aos protestos que estão a ocorrer na sequência da morte, sob custódia da polícia, de George Floyd em Minneapolis.

Num comunicado, o Departamento de Censos norte-americano não indicou, porém, em que cidades os serviços foram encerrados nem quando espera reabri-los, numa altura em que está a meio do processo de recenseamento de 2020 para tentar contabilizar os residentes nos Estados Unidos.

Segundo o documento, em março, os centros do departamento de censos em todo o país foram encerrados por mês e meio, medida destinada a travar a propagação do novo coronavírus.

Só há poucas semanas é que os diferentes centros começaram a reabrir.

O Censo 2020 vai ajudar a determinar quantos lugares terá cada estado no Congresso norte-americano, permitindo também a distribuição de um financiamento de 1,5 biliões de dólares (1,35 biliões de euros).

Hoje, o Departamento de Censos indicou ter atingido a meta a que se tinha proposto na calendarização do recenseamento, tendo obtido 60,5% das respostas.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

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