EUA e Turquia consideram "grave ameaça" avanços de extremistas sunitas no Iraque
Washington, 24 jun (Lusa) -- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, falaram hoje ao telefone, concordando que os avanços dos extremistas sunitas no Iraque figuram como uma "grave ameaça".
Durante a conversa telefónica, o vice-presidente norte-americano sublinhou que os Estados Unidos "deploram" as ações dos rebeldes sunitas do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL) e voltou a pedir a libertação imediata dos reféns turcos, incluindo o pessoal diplomático e civis capturados pelos extremistas, informou a Casa Branca em comunicado.
O primeiro-ministro turco, por seu lado, reiterou que a sua prioridade passa por resgatar os 80 cidadãos turcos -- incluindo 49 funcionários do consulado de Mossul -- sequestrados na passada quarta-feira.
Recep Tayyip Erdogan indicou que foi destacada uma delegação turca para o norte do Iraque para acompanhar o caso, estando em curso, ao mesmo tempo, o processo de evacuação do consulado turco na cidade iraquiana de Basora.
Biden e Erdogan abordaram ainda o conflito na Síria, coincidindo na ideia de que é necessário manter consultas adicionais nas semanas que se seguem.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que viajou de surpresa para Bagdade, instou hoje, por seu turno, à formação de um governo que represente todos os iraquianos a fim de travar o avanço dos rebeldes.