EUA enviou para a guerra soldados com problemas mentais
Os Estados Unidos enviaram para o Iraque e mantiveram em combate soldados com problemas psicológicos graves, apesar dos comandos militares estarem conscientes das suas doenças, noticiou hoje o diário The Hartford Courant do estado de Connecticut.
O jornal cita declarações de familiares dos soldados e militares, que referem que os comandos das forças armadas norte- americanas não cumpriram as normas sobre o tratamento de tropas não aptos mentalmente para o combate.
Apesar do Congresso ter ordenado em 1997 a avaliação mental de todos os efectivos destacados nas zonas de combate, até Outubro de 2005 só um em cada 300 foi visto por um especialista antes de iniciar a sua missão no Iraque, segundo estatísticas do próprio Pentágono.
Em 2005 suicidaram-se no Iraque 22 soldados norte-americanos, o que representa a mais alta taxa de suicídios desde o início da guerra em 2003.
O mais preocupante, segundo a mesma fonte, é que alguns dos efectivos que se suicidaram mostravam sinais claros de problemas mentais e foram tratados com anti-depressivos, sem que antes fosse avaliado o seu estado de saúde.
O jornal acrescenta que as autoridades militares estão a reenviar para o Iraque soldados com transtorno de stress pós- traumático, apesar de ser proibido pelo Pentágono.
Os peritos consultados pelos jornais alertaram que o envio de militares com problemas psicológicos pode provocar o aumento de suicídios, incidentes violentos entre os próprios soldados e ainda acidentes e erros vitais que podem pôr em risco as operações de combate.