Mundo
EUA: fosso salarial entre brancos e negros é pior hoje do que em 1979
Um estudo recente revela que a diferença salarial entre cidadãos negros e brancos nos EUA é pior hoje do que há 30 anos atrás. As mulheres negras são as mais afetadas pelos "números", verificando-se ainda uma dupla discrepância: em razão de raça e de género.
Um estudo realizado pelo Economic Policy Institute (EPI) revelou
que nos Estados Unidos os cidadãos negros ganham consideravelmente menos do que
os cidadãos brancos, sendo que esta diferença se tem feito acentuar desde 1979.
O salário médio por hora dos homens passou de ser 22,2 por cento inferior ao dos homens brancos em 1979 para 31 por cento inferior em 2015.
Para as mulheres, a diferença salarial passou de 6 por cento em 1979 para 19 por cento no ano passado.
"O que mais se destaca neste resultado é que as diferenças salariais raciais são maiores em 2015 do que em 1979. Isso é colossal porque o povo, em geral, sabe que ainda existe racismo neste país, mas acredita que há cada vez menos", constatou Valerie Wilson, diretor do programa da EPI em raça, etnia e economia e um dos autores do relatório.
Este relatório surge uma semana depois do Estudo norte-americano da Census Bureau, que comprovou que o salário médio em 2015 subiu 4,4 por cento para os brancos e para os negros apenas 4,1 por cento. Uma grande divisão racial permanece. O rendimento familiar anual dos norte-americanos brancos é de 63.000 dólares em relação aos 36.898 dólares dos negros, o que representa um fosso salarial de 70 por cento.
Este estudo revelou também que os piores resultados são sem dúvida para as mulheres negras, principalmente as mais jovens.
Os investigadores afirmam que esta desigualdade está a passar a fase mais acentuada. Desde 2000, quando a desigualdade começou a aumentar, as mulheres negras que acabaram de entrar no mercado de trabalho têm visto os seus salários cada vez mais baixos em relação às mulheres brancas com o mesmo nível de educação e formação.
Há 37 anos atrás as mulheres negras ganhavam menos seis por cento do que as mulheres brancas, valor que hoje atinge os 19 por cento. Esta diferença é mais notória quando comparamos mulheres com um grau universitário superior, onde as mulheres negras com o mesmo grau superior que as brancas, ganham menos 12,3 por cento. Trata-se do dobro da disparidade entre as mulheres com um grau de educação mais baixo.
Também a discriminação por género foi aqui tida em conta. Os resultados foram mais animadores para as mulheres brancas, que estão mais próximo dos salários dos homens que desempenham as mesmas funções, do que as mulheres negras, que em posições semelhantes, ganham menos em relação aos homens e às mulheres brancas nas mesmas posições.
As mulheres negras ainda são, assim, confrontadas com ambos os tipos de discriminação, sendo a desigualdade racial também uma limitação para a redução das disparidades de género.
O relatório do EPI foi apresentado na terça-feira passada e incluiu algumas medidas que os EUA podiam implementar para reduzir o fosso salarial entre negros e brancos.
Entre essas sugestões, estava o aumento do salário mínimo federal e a realização de novas avaliações sobre o papel da discriminação nos salários dos americanos negros.
O salário médio por hora dos homens passou de ser 22,2 por cento inferior ao dos homens brancos em 1979 para 31 por cento inferior em 2015.
Para as mulheres, a diferença salarial passou de 6 por cento em 1979 para 19 por cento no ano passado.
"O que mais se destaca neste resultado é que as diferenças salariais raciais são maiores em 2015 do que em 1979. Isso é colossal porque o povo, em geral, sabe que ainda existe racismo neste país, mas acredita que há cada vez menos", constatou Valerie Wilson, diretor do programa da EPI em raça, etnia e economia e um dos autores do relatório.
Este relatório surge uma semana depois do Estudo norte-americano da Census Bureau, que comprovou que o salário médio em 2015 subiu 4,4 por cento para os brancos e para os negros apenas 4,1 por cento. Uma grande divisão racial permanece. O rendimento familiar anual dos norte-americanos brancos é de 63.000 dólares em relação aos 36.898 dólares dos negros, o que representa um fosso salarial de 70 por cento.
Este estudo revelou também que os piores resultados são sem dúvida para as mulheres negras, principalmente as mais jovens.
Os investigadores afirmam que esta desigualdade está a passar a fase mais acentuada. Desde 2000, quando a desigualdade começou a aumentar, as mulheres negras que acabaram de entrar no mercado de trabalho têm visto os seus salários cada vez mais baixos em relação às mulheres brancas com o mesmo nível de educação e formação.
Há 37 anos atrás as mulheres negras ganhavam menos seis por cento do que as mulheres brancas, valor que hoje atinge os 19 por cento. Esta diferença é mais notória quando comparamos mulheres com um grau universitário superior, onde as mulheres negras com o mesmo grau superior que as brancas, ganham menos 12,3 por cento. Trata-se do dobro da disparidade entre as mulheres com um grau de educação mais baixo.
Também a discriminação por género foi aqui tida em conta. Os resultados foram mais animadores para as mulheres brancas, que estão mais próximo dos salários dos homens que desempenham as mesmas funções, do que as mulheres negras, que em posições semelhantes, ganham menos em relação aos homens e às mulheres brancas nas mesmas posições.
As mulheres negras ainda são, assim, confrontadas com ambos os tipos de discriminação, sendo a desigualdade racial também uma limitação para a redução das disparidades de género.
O relatório do EPI foi apresentado na terça-feira passada e incluiu algumas medidas que os EUA podiam implementar para reduzir o fosso salarial entre negros e brancos.
Entre essas sugestões, estava o aumento do salário mínimo federal e a realização de novas avaliações sobre o papel da discriminação nos salários dos americanos negros.