EUA libertaram três cubanos acusados de espionagem
Washington, 17 dez (Lusa) -- Os Estados Unidos libertaram os últimos três membros do grupo que ficou conhecido como "Cinco de Cuba", condenados em 2001 por espionagem, informaram altos funcionários norte-americanos, citados pelas agências internacionais.
A libertação de Gerardo Hernández, Ramón Labanino e Antonio Guerrero foi anunciada no mesmo dia em que o regime de Havana libertou o norte-americano Alan Gross, detido há cinco anos em Cuba por espionagem.
O líder cubano Raul Castro anunciou numa comunicação ao país que os três já se encontram em Havana.
Responsáveis norte-americanos precisaram que a libertação de Alan Gross não foi em troca da libertação dos três cubanos, mas sim uma decisão tomada "por razões humanitárias" após um acordo com o governo cubano.
Considerados em Cuba como "heróis" e "combatentes antiterroristas", os elementos do grupo "Cinco de Cuba" foram detidos em 1998 quando a polícia federal norte-americana (FBI) desmantelou uma rede de espionagem cubana, denominada "Avispa", que atuava no sul da Florida.
Todos admitiram que era agentes "não declarados" de Havana nos Estados Unidos, mas alegaram que vigiavam "grupos terroristas de exilados" que conspiravam contra o regime cubano então liderado por Fidel Castro, e não o governo norte-americano.
René González, que esteve recentemente em Portugal, e Fernando González foram os primeiros do grupo a serem libertados em outubro de 2011 e fevereiro de 2014, respetivamente.
Os restantes três elementos do grupo permaneciam detidos até hoje.