O Observatório de Vulcões Havaianos (HVO) do Serviço Geológico dos Estados Unidos tem estado a aumentar o nível de alerta para atividade vulcânica em Mauna Loa de “aviso” para “aviso”, desde o início da erupção.
O vulcão vem exibindo um aumento de atividade sísmica desde setembro, o que levou os cientistas a uma maior monitorização e divulgação pública na Ilha Grande do Estado norte americano de Honolulu.
Às 23h30 de domingo, hora local (10h30 de segunda, em Lisboa), o maior vulcão ativo do mundo entrou em erupção, cerca de 40 anos após a última vez.
A lava resultante da erupção ainda está praticamente contida na caldeira, cavidade que se forma abaixo do cume. A erupção do Mauna Loa concentrou-se numa zona a Nordeste e nenhuma área habitada está ameaçada, de momento.
De qualquer forma, o Serviço Geológico dos EUA (USGS) alertou a população para o risco de queda de cinzas, contaminação do abastecimento de água e matar vegetação. As autoridedes assentuam os cuidados para o ar transportando cinzas terá impacto nos pulmões.
“Com base em eventos anteriores, os estágios iniciais de uma erupção do Mauna Loa podem ser muito dinâmicos e a localização e o avanço dos fluxos de lava podem mudar rapidamente”, observou o USGS.
Se a erupção migrar para além das paredes da caldeira do cume, os fluxos de lava podem "descer rapidamente", acrescentou.
“Esses fluxos de lava raramente representam um risco à vida, mas podem ser extremamente destrutivos para as infraestruturas”, nomeadamente se atingirem “as cidades de Hilo e Kona, que são grandes centros populacionais”, sublinhou Jessica Johnson, geofísica britânica de vulcões que trabalhou no Hawaiian Volcano Observatory.
A cientista também sublinha que os gases vulcânicos podem causar problemas respiratórios para os habitantes locais.
O Mauna Loa localiza-se dentro do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí e cobre metade da Ilha Grande do estado dos EUA, ilha que acolhe mais de 200 mil pessoas. O vulcão eleva-se a 4.169 metros acima do nível do mar e abrange uma área de mais de 5.179 quilómetros quadrados.
De acordo com o USGS, Mauna Loa entrou em erupção 33 vezes desde 1843. A erupção anterior, em 1984, lançou fluxos de lava a oito quilómetros de Hilo, a cidade mais populosa da ilha.