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Eventos climáticos extremos custaram à Europa cerca de 500 mil milhões de euros e 142 mil vidas em 40 anos
Eventos climáticos extremos, como vagas de calor ou inundações, tiveram um custo de cerca de 500 mil milhões de euros na Europa nas últimas quatro décadas, sendo a Alemanha, França e Itália os países mais atingidos. De acordo com o estudo da Agência Europeia do Ambiente (AEA), os eventos climáticos foram ainda a causa de morte de 142 mil pessoas.
Inundações, vagas de calor e outros eventos climáticos custaram à Europa cerca de meio bilião de euros nas últimas quatro décadas. A nível nacional, a Alemanha é o país europeu que mais sofreu, com 42 mil mortes e perdas financeiras no valor de 107 mil milhões de euros. Seguem-se a França, com 26.700 mortos e 99 mil milhões de euros em danos, e a Itália (21.600 mortos e 90 mil milhões de euros).
Entre 1980 e 2020, cerca de 142 mil mortes foram atribuídas a eventos climáticos, a maioria associada a ondas de calor. Só a vaga de calor de 2003 causou a morte a cerca de 80.000 pessoas (ou seja, entre 50 a 75 por cento do total de mortes) nos 32 países europeus analisados, que incluem os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), bem como a Turquia e o Reino Unido. Eventos climáticos como vagas de calor, mas também períodos de frio, secas ou incêndios florestais são responsáveis por 93% do total de mortes e 22% dos prejuízos financeiros.
Os dados, publicados esta quint-feira pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), não mostram uma tendência clara de aumento das perdas ao longo das décadas com o impacto da crise climática. Isto porque os impactos económicos tendem a concentrar-se em poucos, mas grandes eventos. Mais de 60 por cento das perdas económicas estão associadas a apenas três por cento dos desastres identificados. As perdas humanas são muito menores nas inundações, por exemplo, mas estes desastres foram os que causaram maiores prejuízos, 44% do total, à frente de tempestades (34%).
Em geral, a Organização Meteorológica Mundial estima que o número de desastres relacionados com o clima aumentou nos últimos 50 anos, causando mais danos materiais, mas menos mortes.
Apelo a estratégias de adaptação
Wouter Vanneuville, da AEA e um dos principais autores do estudo, explica que o facto de as perdas, humanas e económicas, não estarem a aumentar de uma forma clara ao longo dos anos não deve levar ao comodismo e à inação, mas sim à implementação de estratégias de adaptação para condições climáticas extremas, que provavelmente se tornarão mais frequentes e intensas nos próximos anos à medida que a crise climática progride e as temperaturas aumentam.
Vanneuville explica que a “adaptação já está em curso e está a ter um impacto”. “A razão pela qual não vemos uma tendência não é porque as alterações climáticas não são reais, mas sim porque estão a ser tomadas várias medidas contra as mudanças climáticas”, explica Vanneuville, afirmando que cada vez mais estão a implementar estratégias de adaptação.
Entre 1980 e 2020, cerca de 142 mil mortes foram atribuídas a eventos climáticos, a maioria associada a ondas de calor. Só a vaga de calor de 2003 causou a morte a cerca de 80.000 pessoas (ou seja, entre 50 a 75 por cento do total de mortes) nos 32 países europeus analisados, que incluem os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), bem como a Turquia e o Reino Unido. Eventos climáticos como vagas de calor, mas também períodos de frio, secas ou incêndios florestais são responsáveis por 93% do total de mortes e 22% dos prejuízos financeiros.
Os dados, publicados esta quint-feira pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), não mostram uma tendência clara de aumento das perdas ao longo das décadas com o impacto da crise climática. Isto porque os impactos económicos tendem a concentrar-se em poucos, mas grandes eventos. Mais de 60 por cento das perdas económicas estão associadas a apenas três por cento dos desastres identificados. As perdas humanas são muito menores nas inundações, por exemplo, mas estes desastres foram os que causaram maiores prejuízos, 44% do total, à frente de tempestades (34%).
Em geral, a Organização Meteorológica Mundial estima que o número de desastres relacionados com o clima aumentou nos últimos 50 anos, causando mais danos materiais, mas menos mortes.
Apelo a estratégias de adaptação
Wouter Vanneuville, da AEA e um dos principais autores do estudo, explica que o facto de as perdas, humanas e económicas, não estarem a aumentar de uma forma clara ao longo dos anos não deve levar ao comodismo e à inação, mas sim à implementação de estratégias de adaptação para condições climáticas extremas, que provavelmente se tornarão mais frequentes e intensas nos próximos anos à medida que a crise climática progride e as temperaturas aumentam.
Vanneuville explica que a “adaptação já está em curso e está a ter um impacto”. “A razão pela qual não vemos uma tendência não é porque as alterações climáticas não são reais, mas sim porque estão a ser tomadas várias medidas contra as mudanças climáticas”, explica Vanneuville, afirmando que cada vez mais estão a implementar estratégias de adaptação.
A AEA recomenda, assim, medidas tomadas a nível individual e estatal para evitar riscos associados a eventos extremos e limitar os dados, apontando que “desde 2003, as ondas de calor causaram menos mortes graças à implementação de medidas de adaptação", como a instalação de aparelhos de ar condicionado.
c/ agências