Ex-presidente das Honduras em liberdade após perdão de Trump

Juan Orlando Hernández, condenado em março de 2024 a 45 anos de prisão por tráfico de droga e crimes relacionados com armas, cumpria pena numa penitenciária da Virgínia Ocidental. O presidente norte-americano anunciou na sexta-feira o perdão presidencial ao antigo líder hondurenho, formalizado esta segunda-feira.

RTP /
Juan Orlando Hernández no momento em que é detido para deportação e julgamento nos Estados Unidos, em abril de 2022. Foto: Fredy Rodriguez - Reuters

Juan Orlando Hernández está oficialmente fora das grades. O antigo presidente das Honduras, sentenciado por um tribunal norte-americano a 45 anos de prisão pelo seu envolvimento na importação de centenas de toneladas de cocaína para os Estados Unidos, foi libertado de uma penitenciária da Virgínia Ocidental, após perdão concedido pelo presidente Donald Trump.

O jornal Político avança que os registos do Departamento Federal de Prisões dos EUA indicam que o ex-chefe de Estado abandonou as instalações prisionais esta segunda-feira. A Casa Branca confirmou entretanto a oficialização do indulto.

O presidente republicano apresentou o caso como “uma armadilha montada pela Administração Biden”, em declarações aos jornalistas a bordo do Air Force One este domingo.

Juan Orlando Hernández cumpriu dois mandatos à frente da nação centro-americana até à sua detenção.

Na rede social X, a sua esposa, Ana García, agradeceu ao presidente norte-americano a libertação de Hernández.



“Depois de quase quatro anos de dor, de espera e de desafios difíceis, o meu marido Juan Orlando Hernández VOLTOU a ser um homem livre, graças ao perdão presidencial concedido pelo Presidente Donald Trump”, lê-se no post.

Também um advogado de Hernández, Renato C. Stabile, expressou gratidão a Trump por ter “feito justiça”, acrescentado ainda estarem “muito esperançosos para a futura parceria entre os Estados Unidos e as Honduras".

A intenção de conceder o perdão ao antigo líder hondurenho já tinha sido anunciada por Trump na passada sexta-feira. Nas redes sociais, o presidente justificou a decisão afirmando que, “segundo muitas pessoas” que respeita “imenso”, Hernández foi tratado “de forma muito dura e injusta”.

Ainda na mesma publicação, o presidente norte-americano demonstrou o seu apoio à candidatura de Nasry "Tito" Asfura para a Presidência das Honduras, ameaçando não colaborar futuramente com o país no caso de Asfura sair derrotado das eleições. “Os Estados Unidos não vão desperdiçar dinheiro, porque um líder errado só pode trazer resultados catastróficos para um país", escreveu.

Os eleitores apresentaram-se no domingo às urnas e os resultados estão ainda a ser apurados. Até ao momento, Asfura lidera a contagem de votos por uma margem apertada que o coloca em empate técnico com o apresentador de televisão Salvador Nasralla.
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