A explosão, registada terça-feira no Khan Research Laboratory (KRL), perto de Islamabad, envolveu apenas material convencional e não material nuclear, garantiu o porta-voz das forças armadas paquistanesas, general Shaukat Sultan.

"O técnico estava a manipular material convencional. Foi um acidente de que estamos a investigar as causas precisas", afirmou o oficial superior.

O KRL, fundado nos anos 70 por AQ Khan, teve um papel crucial nas investigações sobre enriquecimento de urânio que permitiram ao Paquistão proceder ao seu primeiro ensaio de uma explosão nuclear, em Maio de 1998.

Em Fevereiro de 2004, AQ Khan admitiu publicamente ter participado numa rede de exportação ilegal de tecnologias nucleares com destino ao Irão, Coreia do Norte e Líbia.

"Perdoado" pelo presidente paquistanês, Pervez Musharraf, AQ Khan vive actualmente numa residência vigiada em Islamabad.

As autoridades paquistanesas sempre recusaram que o "pai" da bomba paquistanesa, que goza de um estatuto de "herói nacional", fosse interrogado directamente por peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ou estrangeiros.