FBI quer ouvir genro de Trump no inquérito sobre ingerências russas nas presidenciais

por RTP
Reuters

Jared Kushner, genro e um dos principais conselheiros do Presidente dos EUA, Donald Trump, é uma das pessoas visadas pela polícia federal (FBI) na investigação sobre as ingerências russas nas eleições presidenciais de 2016. As autoridades acreditam que Kushner tem informações relevantes.

De acordo com a estação de televisão NBC, que avançou ontem à noite a notícia, os investigadores do FBI "pensam que Kushner tem informações importantes para a sua investigação". O que não significa, acrescentam, que o marido de Ivanka Trump seja suspeito de ter cometido um crime. Kushner reuniu-se, entre outros, com o embaixador russo nos EUA, Serguei Kislyak, em dezembro, bem como com um banqueiro russo.

Os investigadores estão interessados numa "uma série de reuniões" em que Kushner participou, bem como na natureza dos seus laços com a Federação Russa, avançou por sua vez o Washington Post.

Considerado um intermediário fundamental de Trump em matéria de política externa, Kushner reuniu-se, entre outros, com o embaixador russo nos EUA, Serguei Kislyak, em dezembro, bem como com um banqueiro russo, Sergei Gorkov.

Gorkov é presidente do banco russo Vnesheconombank, alvo de sanções impostas pela administração Obama em resposta à anexação da Crimeia e apoio de Moscovo a separatistas na Ucrânia.

Na prática, um banco que está sob controlo do primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev. A instituição financeira tem sido, de acordo com a BBC, utilizada para financiar grande projetos no país, como foi o caso dos Jogos Olímpicos de inverno, em 2014.

Jared Kushner tem afirmado que em momento algum discutiu questões relacionadas com as sanções impostas pelos EUA com este banqueiro.

O inquérito do FBI, agora dirigido pelo procurador especial Robert Mueller, deve esclarecer a existência de uma eventual "coordenação" entre membros da equipa eleitoral de Trump e o governo russo.

O genro do presidente já afirmou que está disponível para colaborar com as autoridades nesta investigação.

C/ Lusa

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