Fernanda Lay proposta para presidente do parlamento de Timor-Leste
O CNRT, partido vencedor das eleições de 21 de maio em Timor-Leste, propôs a deputada Fernanda Lay como candidata a presidente do Parlamento Nacional, disseram à Lusa fontes parlamentares e do partido.
Lay será eleita na quinta-feira como a primeira mulher a presidir ao órgão de soberania, e o sétimo presidente do Parlamento Nacional, de 65 deputados.
A carta com a indigitação de Fernanda Lay, 68 anos, assinada pelo secretário-geral do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) foi entregue ao atual presidente do parlamento, Aniceto Guterres Lopes, na véspera da tomada de posse dos novos deputados eleitos.
"É uma voz forte e uma pessoa de grande credibilidade, que diz o que tem que dizer quando as coisas estão mal", disse à Lusa fonte da bancada atual do CNRT.
Fernanda Lay é número seis na lista de 31 deputados do CNRT eleitos a 21 de maio.
O cargo de vice-presidente do parlamento nacional deverá ser assumido por um deputado do Partido Democrático (PD), partido que formará com o CNRT a coligação de Governo.
Quem é esta deputada
No Parlamento Nacional desde a segunda legislatura, Fernanda Lay, natural de Baucau, ocupou várias funções de liderança em várias comissões especializadas, com destaque para a comissão de Finanças Públicas.
Presente no parlamento desde 2007, sempre na bancada do CNRT, Fernanda Lay é uma das vozes fortes do partido no que se refere aos temas de finanças públicas, sendo tradicionalmente a deputada que lidera as intervenções do partido sobre questões como o Orçamento Geral do Estado (OGE).
O Parlamento Nacional marcou para esta quarta-feira a sessão inaugural da nova legislatura, a 6.ª, com o juramento dos 65 deputados eleitos e a apresentação formal de candidaturas a presidente do Parlamento Nacional.
A eleição do presidente do parlamento e o seu discurso inaugural estão previstos para quinta-feira, enquanto a 26 de junho decorrem as eleições para os restantes cargos da mesa do Parlamento Nacional.
A 29 de junho, o presidente, José Ramos-Horta, terá a primeira reunião com o primeiro-ministro indigitado, Xanana Gusmão, bem como outros elementos dos dois partidos do executivo.
No dia seguinte, José Ramos-Horta assina o decreto de nomeação do IX Governo Constitucional que toma posse no dia 01 de julho no Palácio Presidencial em Díli.