Ficheiros Epstein mostram Clinton num jacuzzi e em festas com Jagger e Jackson
Imagens do ex-presidente norte-americano Bill Clinton a relaxar num jacuzzi e fotografias de Jeffrey Epstein, criminoso sexual condenado, com celebridades como Mick Jagger e Michael Jackson, estão entre os milhares de ficheiros divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Justiça.
Numa das imagens divulgadas pelo Departamento de Justiça, Clinton surge relaxado num jacuzzi, com os braços atrás da cabeça, acompanhado por outra pessoa cujo rosto foi desfocado.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi uma das primeiras a partilhar a fotografia na sua conta na rede social X, reagindo com uma mensagem de espanto: "Meu Deus!".
Os documentos desclassificados incluem pelo menos outras cinco imagens da ex-presidente democrata.
Em duas das fotos, aparece ao lado de Epstein e, noutras, numa festa com o cantor e compositor britânico Mick Jagger, embora o financeiro não esteja presente nestas últimas fotos.
O Departamento de Justiça dos EUA divulgou um total de 3.965 ficheiros, com aproximadamente 3 gigabytes, distribuídos por quatro novos conjuntos de dados.
A maioria são documentos PDF, além de um ficheiro de vídeo e várias imagens individuais, algumas das quais integradas em dossiers com várias páginas.
As autoridades sublinharam que a natureza sensível do caso exigiu a revisão e a redação de cada documento para proteger a informação privada e a identidade das vítimas.
Especialistas e analistas alertaram que a divulgação completa dos ficheiros pode não fornecer novas informações substanciais sobre a rede de relações de Epstein.
Epstein morreu por suicídio na prisão, segundo as autoridades, depois de ter sido condenado por tráfico sexual e aliciamento de menores para prostituição.
Trump, que inicialmente se mostrou relutante em apoiar a divulgação dos documentos, acabou por sancionar a lei depois de constatar o amplo apoio no Congresso.
O presidente republicano é mencionado várias vezes nos arquivos relacionados com Epstein, com quem mantinha amizade antes de alegar ter cortado relações em 2004, anos antes da primeira acusação formal contra o financeiro.
Por sua vez, o procurador-geral adjunto Todd Blanche alertou na sexta-feira que não será possível divulgar todos os documentos exigidos por lei de uma só vez devido ao seu volume, e antecipou que o Departamento de Justiça espera divulgar "mais algumas centenas de milhares" de ficheiros nas próximas semanas.
A divulgação destes documentos era há muito exigida pela opinião pública, que tem interesse em saber se algum dos associados ricos e poderosos de Epstein tinha conhecimento - ou participava - nos abusos.
As acusadoras de Epstein também procuram há algum tempo respostas sobre o motivo pelo qual as autoridades federais encerraram a investigação inicial sobre as alegações em 2008.