Mundo
Filha de ex-presidente sul africano renuncia ao Parlamento após suspeitas de recrutar civis para a Ucrânia
Duduzile Zuma-Sambudla está a ser investigada na sequência de acusações do seu alegado envolvimento no aliciamento de 17 homens para integrarem um grupo mercenário russo ativo na guerra da Ucrânia. A demissão da deputada foi anunciada esta sexta-feira pelo presidente do partido umKhonto weSizwe (MK), do qual era membro desde junho de 2024.
A filha do ex-presidente Jacob Zuma, Duduzille Zuma-Sambudla, demitiu-se do cargo de deputada na Assembleia Nacional Sul-Africana esta sexta-feira. A decisão surge após arranque de uma investigação policial que procura apurar o seu envolvimento no recrutamento de homens sul-africanos para a linha da frente do conflito na Ucrânia. Zuma-Sambudla era membro do parlamento pelo partido umKhonto weSizwe (MKP).
A queixa-crime foi apresentada, no passado sábado, por Nkosazana Zuma-Mncube, meia-irmã da agora ex-deputada e também filha do ex-presidente Jacob Zuma. Na denúncia entregue à polícia, Nkosazana acusa Zuma-Sambudla de ter aliciado 17 homens a integrar um grupo mercenário russo que luta na guerra da Ucrânia, “sem o seu conhecimento ou consentimento”, sob pretexto de estes receberem treino de segurança na Rússia.
“Entre esses 17 homens, que estão a solicitar ajuda ao Governo sul-africano, estão oito membros da minha família”, refere no documento partilhado pelos órgãos de comunicação social da África do Sul, citada pelo The Guardian.
A declaração inclui ainda que duas outras pessoas, Siphokazi Xuma e Blessing Khoza, estão igualmente envolvidas no caso.
No início deste mês, o Governo sul-africano confirmou ter recebido pedidos de socorro de 17 homens sul-africanos, com idades compreendidas entre os 20 e 39 anos, que declararam estar retidos na região de Donbass, no leste da Ucrânia, devastada pela guerra.
A investigação, conduzida pela polícia e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, decorre em coordenação com organismos internacionais, com o objetivo de repatriar os sul-africanos.
Duduzile Zuma-Sambudla era deputada desde junho de 2024 pelo partido da oposição liderado pelo seu pai. Jacob Zuma criou o partido em 2023, após a sua expulsão do Congresso Nacional Africano, que então liderava a África do Sul.
A queixa-crime foi apresentada, no passado sábado, por Nkosazana Zuma-Mncube, meia-irmã da agora ex-deputada e também filha do ex-presidente Jacob Zuma. Na denúncia entregue à polícia, Nkosazana acusa Zuma-Sambudla de ter aliciado 17 homens a integrar um grupo mercenário russo que luta na guerra da Ucrânia, “sem o seu conhecimento ou consentimento”, sob pretexto de estes receberem treino de segurança na Rússia.
“Entre esses 17 homens, que estão a solicitar ajuda ao Governo sul-africano, estão oito membros da minha família”, refere no documento partilhado pelos órgãos de comunicação social da África do Sul, citada pelo The Guardian.
A declaração inclui ainda que duas outras pessoas, Siphokazi Xuma e Blessing Khoza, estão igualmente envolvidas no caso.
No início deste mês, o Governo sul-africano confirmou ter recebido pedidos de socorro de 17 homens sul-africanos, com idades compreendidas entre os 20 e 39 anos, que declararam estar retidos na região de Donbass, no leste da Ucrânia, devastada pela guerra.
A investigação, conduzida pela polícia e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, decorre em coordenação com organismos internacionais, com o objetivo de repatriar os sul-africanos.
Nkosinathi Nhleko, presidente nacional do partido MKP, anunciou a demissão durante uma conferência de imprensa esta sexta-feira, onde afirmou que Zuma-Sambudla entregou ao partido um relatório interno sobre o caso.
A deputada negou qualquer envolvimento do partido no recrutamento de sul-africanos para a guerra na Ucrânia e garantiu que o grupo político irá contactar as famílias e apoiar os seus esforços no sentido de potenciar o regresso dos homens ao país.
Duduzile Zuma-Sambudla era deputada desde junho de 2024 pelo partido da oposição liderado pelo seu pai. Jacob Zuma criou o partido em 2023, após a sua expulsão do Congresso Nacional Africano, que então liderava a África do Sul.