Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o presidente francês sentado à mesa de um compartimento de comboio com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. No vídeo, Emmanuel Macron retira um objeto branco amassado da mesa, tratando-se de um lenço de papel.
No entanto, alguns utilizadores das redes sociais sugeriram que o objeto em causa era um saco de "cocaína" e a alegação foi rapidamente amplificada por figuras do Kremlin, incluindo a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, no seu canal Telegram.
“Depois de empurrar Zelensky para mais um esquema infernal para fazer descarrilar um acordo e prolongar o derramamento de sangue na Europa, é como uma piada: um francês, um inglês e um alemão entraram num comboio - e fizeram uma linha”, escreveu Maria Zakharova no domingo.
Maria Zakharova, uma das porta-vozes do Kremlin, acusou os líderes europeus de serem viciados em droga: "O destino da Europa é decidido, em todos os sentidos, por dependentes".
"Isto é a unidade europeia"
O Palácio do Eliseu considerou como "desinformação" as alegações promovidas pelo Kremlin de que Emmanuel Macron consumiu cocaína com outros líderes europeus durante a viagem de comboio a Kiev na semana passada, entre eles o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
"Quando a unidade europeia se torna inconveniente, a desinformação chega ao ponto de fazer com que um simples lenço de papel pareça droga", afirmou o Eliseu numa publicação na rede social X, acompanhada de duas imagens do encontro de líderes.
Do lado esquerdo, uma imagem de um lenço de papel que estava em cima da mesa, com a legenda: "Isto é um lenço de papel. Para assoar o nariz".
Do lado direito, uma imagem da reunião entre os líderes europeus, com a legenda:
"Isto é a unidade europeia. Para construir a paz".
"Estas notícias falsas estão a ser espalhadas pelos inimigos da França, tanto no estrangeiro como no país. Devemos permanecer vigilantes contra a manipulação", afirmou o Eliseu, sem identificar os inimigos.
Também Berlim e Londres rejeitaram as alegações promovidas pelo Kremlin, que tem intensificado os seus esforços para denegrir a imagem dos líderes ocidentais, nomeadamente de Emmanuel Macron, através da criação de
contas "pró-russas" nas redes sociais, com o objetivo de minar a confiança política.