Mundo
Guerra na Ucrânia
França prepara população para eventual guerra
Num discurso perante milhares de parisienses, o chefe do Estado-Maior do Exército francês provocou controvérsia entre os extremos políticos ao defender que a França deve estar preparada para fazer sacrifícios, incluindo aceitar "a perda dos seus filhos", para enfrentar a Rússia.
Perante o Congresso de Prefeitos de França, o chefe do Estado-Maior da Defesa, General Fabien Mandon, declarou que o país precisa de restaurar a "força de espírito para aceitar o sofrimento a fim de proteger quem somos" e de estar pronto para "aceitar a perda dos nossos filhos".
A declaração causou polémica no debate público e nos canais de notícias da televisão.
“Moscovo está convencida de que os europeus são fracos. E, no entanto, somos fundamentalmente mais fortes do que a Rússia”, defendeu durante o congresso da Associação de Autarcas de França.
O general argumentou que a França dispõe dos meios necessários para dissuadir Moscovo, mas avisou que falta ao país “a força para aceitar o sofrimento na defesa da nação”.
“Se não estivermos preparados para aceitar a perda dos nossos filhos ou sacrifícios económicos, estaremos em risco”, defendeu ainda.
O general francês pediu aos autarcas que divulgassem esta mensagem para que o país esteja “pronto, dentro de três ou quatro anos, para demonstrar a nossa força à Rússia e obrigá-la a abandonar as suas ambições”. E alegou que França tem uma responsabilidade acrescida comparativamente aos parceiros europeus, visto que possui “um Exército de referência”.
O objetivo de Mandon é duplicar o número de reservistas para 80 mil, além dos 200 mil militares no ativo.
O controverso discurso aconteceu no mesmo dia em que o Governo francês publicou um “guia de sobrevivência” destinado a preparar a população para crises, incluindo conflitos armados, recomendando que cada cidadão tenha um ‘kit’ básico para três dias, com lanterna, rádio a pilhas, documentos essenciais, roupa quente, água quente e cobertor.
A ministra da Defesa, Catherine Vautrin, saiu em defesa do general, afirmando que Mandon “tem todo o direito de falar das ameaças” enfrentadas pelo país, argumentando que as declarações do general foram “retiradas do contexto para fins políticos” e refletem a linguagem própria “de um líder consciente de que jovens soldados arriscam a vida todos os dias pela Nação”.
A declaração causou polémica no debate público e nos canais de notícias da televisão.
“Moscovo está convencida de que os europeus são fracos. E, no entanto, somos fundamentalmente mais fortes do que a Rússia”, defendeu durante o congresso da Associação de Autarcas de França.
O general argumentou que a França dispõe dos meios necessários para dissuadir Moscovo, mas avisou que falta ao país “a força para aceitar o sofrimento na defesa da nação”.
“Se não estivermos preparados para aceitar a perda dos nossos filhos ou sacrifícios económicos, estaremos em risco”, defendeu ainda.
O general francês pediu aos autarcas que divulgassem esta mensagem para que o país esteja “pronto, dentro de três ou quatro anos, para demonstrar a nossa força à Rússia e obrigá-la a abandonar as suas ambições”. E alegou que França tem uma responsabilidade acrescida comparativamente aos parceiros europeus, visto que possui “um Exército de referência”.
O objetivo de Mandon é duplicar o número de reservistas para 80 mil, além dos 200 mil militares no ativo.
O controverso discurso aconteceu no mesmo dia em que o Governo francês publicou um “guia de sobrevivência” destinado a preparar a população para crises, incluindo conflitos armados, recomendando que cada cidadão tenha um ‘kit’ básico para três dias, com lanterna, rádio a pilhas, documentos essenciais, roupa quente, água quente e cobertor.
A ministra da Defesa, Catherine Vautrin, saiu em defesa do general, afirmando que Mandon “tem todo o direito de falar das ameaças” enfrentadas pelo país, argumentando que as declarações do general foram “retiradas do contexto para fins políticos” e refletem a linguagem própria “de um líder consciente de que jovens soldados arriscam a vida todos os dias pela Nação”.